A empresa em questão perdeu nos dois últimos anos (2004 e 2005) 23 milhões de euros, conforme se comprova pelo seu Relatório e Contas e estava, no início do ano, com um rácio de autonomia financeira nuns preocupantes 22%, resultado de uns capitais próprios de 27 milhões de euros, indicativo que, a continuar a dinâmica actual, faltará cerca de um ano e meio para que ela entre numa situação de falência técnica.
No entanto, a FC Porto SAD (pois é dessa empresa que se trata) prepara-se para contrair um empréstimo obrigacionista com a duração de 3 anos, até um montante máximo de 15 milhões de euros, com uma remuneração fixa de 6% ao ano, o que parece um prémio de risco aparentemente muito baixo para uma empresa que apresenta umas perspectivas assim tão pouco risonhas e não anuncia alterações substanciais na sua gestão futura.
É verdade que a mais recente teoria económica já aceitou a irracionalidade de muitas decisões dos agentes económicos, aceitação consagrada até no Prémio Nobel atribuído em 2002 a Daniel Kahneman, mas, só pelo gozo, eu gostaria de ouvir dissertar alguns adoradores do mercado sobre a sabedoria do mesmo na reacção que prevêem que vá ter a subscrição daquele muito pouco atraente empréstimo obrigacionista.
Ou então podem concluir – acertadamente, na minha opinião – que o mercado não tem nada a ver com aquilo e que se trata de mais um concorrente, embora montado em termos mais sofisticados, do tradicional peditório contra o cancro do IPO... Bem fez o jornal que ao dar a notícia do empréstimo e depois das partes técnicas enfadonhas terminou com aquilo que interessa mesmo: ontem, Bruno Moraes e Sokota realizaram trabalho condicionado, Emanuel e Anderson tratamento e Paulo Ribeiro, lesionado, também não treinou…
Uma pequena notinha demagógica final: Os custos com os órgãos sociais da SAD aproxima-se do milhão de euros por ano (873.000). Como se costuma dizer dos políticos, estes não vão para lá encher-se?
No entanto, a FC Porto SAD (pois é dessa empresa que se trata) prepara-se para contrair um empréstimo obrigacionista com a duração de 3 anos, até um montante máximo de 15 milhões de euros, com uma remuneração fixa de 6% ao ano, o que parece um prémio de risco aparentemente muito baixo para uma empresa que apresenta umas perspectivas assim tão pouco risonhas e não anuncia alterações substanciais na sua gestão futura.
É verdade que a mais recente teoria económica já aceitou a irracionalidade de muitas decisões dos agentes económicos, aceitação consagrada até no Prémio Nobel atribuído em 2002 a Daniel Kahneman, mas, só pelo gozo, eu gostaria de ouvir dissertar alguns adoradores do mercado sobre a sabedoria do mesmo na reacção que prevêem que vá ter a subscrição daquele muito pouco atraente empréstimo obrigacionista.
Ou então podem concluir – acertadamente, na minha opinião – que o mercado não tem nada a ver com aquilo e que se trata de mais um concorrente, embora montado em termos mais sofisticados, do tradicional peditório contra o cancro do IPO... Bem fez o jornal que ao dar a notícia do empréstimo e depois das partes técnicas enfadonhas terminou com aquilo que interessa mesmo: ontem, Bruno Moraes e Sokota realizaram trabalho condicionado, Emanuel e Anderson tratamento e Paulo Ribeiro, lesionado, também não treinou…
Uma pequena notinha demagógica final: Os custos com os órgãos sociais da SAD aproxima-se do milhão de euros por ano (873.000). Como se costuma dizer dos políticos, estes não vão para lá encher-se?
Basta ver quanto ganham os administradores da SAD, com o galo Pinto à cabeça.
ResponderEliminarE os chorudos prémios adicionais que todos os anos metem ao bolso como recompensa pela superior administração que fazem.
É preciso é ir adiando o inevitável, tapar aqui, remendar ali e realizar muitas, muitas tranferências de jogadores porque cada um que entra ou sai já sabe que passa pela portagem PC, Pinto da Costa.
O homem já tem uma fortuna insuspeita (Suiça? Ilhas Caimão?) e quando o chatearem bate com a porta que alguém há-de fechar, depois de arrumar num cantinho a cauda do dragão...
Neste país caem as pontes e ninguém tem culpa.
ResponderEliminarViolam crianças da Casa Pia e só o incómodo Bibi é que vai pagar as favas.
As obras públicas triplicam os custos orçamentados e ninguém é punido.
Presidentes de Câmaras oferecem aos clubes terrenos que eles depois vendem, revertendo o dinheiro para os bolsos de alguém. Não para o clube.
Mesmo que ficasse no clube seria sempre inadmissível tal generosidade camarária.
Ora, nesta terra de trafulhas e corruptos, por que razão haveria uma SAD de ter à sua frente gente séria?
Por uma questão de coerência com aquilo que se exige (e se censura)à classe política?...
ResponderEliminarPor segundos baralhei-me com o "...do tradicional peditório contra o cancro do IPO" e levei mais alguns para realizar näo era "o cancro do Initial Public Ofering".
ResponderEliminarQue venha o Abramovich, pois este está habituado a peditórios, näo sei é se ele é täo mafioso como o PdaC.
Freitas, parte da falta é tua, que andas a ficar tão estrangeirado que só te lembras dos acrónimos em inglês... "Peditório pó cancro" quase nem precisa de explicação adicional...
ResponderEliminarParte da falta é minha, que me esqueço quão globalizado se está a tornar o auditório do blogue...! :)