25 novembro 2006

O ACESSO AO MICROFONE

Felizmente, longe vão os tempos em que o controle da comunicação social permitia aos detentores do poder impedir o acesso a ela daqueles que não lhes fossem convenientes. Numa disputa, existia a versão oficial e assim o caso estava praticamente arrumado.

Ainda bem que hoje tudo se passa de forma diferente. Não invalida que aos detentores do poder lhes continue a desagradar certas notícias e as opiniões de certos protagonistas, mas agora a versão oficial tem de estar mais bem estruturada que a versão contrária.

E também não impede que existam casos praticamente arrumados. Não por falta de audição livre de uma das partes mas, como acontece com José Veiga nos negócios do futebol ou com o major Reinado nas disputas políticas em Timor, porque essas partes perderam a própria credibilidade.

3 comentários:

  1. Veiga parece ser (ou ter sido), sobretudo, anjinho porque estes negócios só são limpos quando a transacção se faz de mão para mão.
    Se mete banco, há vestígios, rastos, pistas e provas.
    Já o tal Reinado faz lembrar Reinaldo. E quem diz Reinaldo diz Teles, diz Pinto da Costa, esse sim o mestre de cerimónias mais brancas que brancas, tão brancas não há. Nem a Dona Branca!
    Esse sabe fazê-las, é certo, ao ponto estranho e altamente suspeito de os juízes reconhecerem que os indícios são sugestivos, mas não chegam a ser provas.
    Só é golo quando a bola ultrapassa TOTALMENTE a linha de baliza.
    Os Pintos e os Valentins pisam o risco e beneficiam da complacência vergonhosa de árbitros e fiscais de linha tão cegos como a justiça que temos...

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  2. O artigo do DN a que fiz a ligação faz alusão a 3 declarações de anos consecutivos de IRS de José Veiga, que, em principio, deveriam ter permanecido sobre confidencialidade a não ser, como parece acontecer neste caso, para comprovar a enorme evasão fiscal.

    Lembrando-me da famosa declaração de um presidente do Benfica onde o valor das despesas com educação dos dependentes eram alegadamente superiores ao valor dos rendimentos declarados(o que se é capaz de sofrer para educar devidamente os filhos...), dá que especular se uma qualquer declaração de IRS de um desses "passarões" do futebol não serão todas histórias da carochinha mal contadas...

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  3. Esses passarões são águias na mistificação.
    Um deles, porém, pode ter desculpa, pode ter havido um lapso.
    Afinal, talvez se tenha tratado do erro de Descartes.
    Ou do erro de Damásio, o Manel (aquele tio de Cascais), que não o cientista António.
    Coisas que acontecem por "acásio"...

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