10 maio 2015

SÍNTESE DE UMA BIOGRAFIA QUE POUCOS AINDA PUDERAM LER, QUE NÃO MUITOS MAIS LERÃO, MAS DE QUE MUITOS MAIS EXEMPLARES SERÃO VENDIDOS (SEM QUE, NESTE CASO, NINGUÉM SE INCOMODE EM SABER EM QUEM OS COMPROU...)

Antes de ter sido colocada à venda (houve quem a quisesse comprar a meio da semana que passou e ainda não estava a ser distribuída), antes portanto de poder ser lida pela opinião pública, já esta outra biografia de Pedro Passos Coelho (por cognome o rebiografado) se consagrara junto da opinião publicada, dominada pelas críticas mas também por duas ideias fortes, por coincidência assimiláveis aos títulos de duas canções de sucesso de outrora de Annie Lennox e dos Eurythmics:

«There Must Be an Angel» (Deve Ser Um Anjo) e...

«No More I Love Yous» (Não Há Mais Adoro-tes), esta última a pensar de uma forma muito amiga e muito especial em Paulo Portas...
Para quem estranhe a extensão (inusitada) do título deste poste, esclareço quanto me interessaria que o número de exemplares a vender e a tipologia dos clientes que o comprarão por atacado fosse objecto do mesmo escrutínio que teve o livro de José Sócrates. É só cá uma ideia... (adenda) que começo por ver respondida a partir de 2 de Junho, por exemplo aqui: https://twitter.com/tbribeiro/status/605414927000576002

Adenda (15 de Maio): Acabei por conseguir o livro para o ler... e não o acabar. Desisti na página 169 quando a descrição das negociações do PSD com a tróica destaca os papéis de Catroga e Gaspar (Para tal missão, Catroga contou com o contributo de Vítor Gaspar...) enquanto se esquece de Abel Mateus, apesar de ser este que aparece nas fotografias oficiais de então ao lado de Catroga e Passos Coelho (abaixo). Para trás, asneiras e/ou omissões de igual quilate sucedem-se de tal forma que foi a saturação a causa da minha desistência. Exemplo: de 1985 a 1995, Cavaco Silva esteve no poder por doze anos? Asneira que aparece repetida na p.105 e na p.125! Numa das várias entrevistas que deu em promoção ao livro, li a autora Sofia Aureliano confessando que gosta muito de biografias. Então porque é que escreveu esta?...
Adenda (17 de Maio): Houve quem pegasse na biografia, adulterasse o título para Somos o que os alemães deixarem e a qualificasse de notícia do Correio da Manhã com muitas páginas. Discordo. A esmagadora maioria das notícias daquele jornal costumam estar mais bem redigidas.

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