Fiquei a saber da morte do jornalista Oscar Mascarenhas, lendo o blogue de Francisco Seixas da Costa. Mas soube mais que isso: lendo um comentário lá deixado por um anónimo, fiquei a saber que o falecido prezava, fazia gosto mesmo, em ser tratado por Oscar, sem acento, ao arrepio das regras gramaticais, mesmo as de ante AO90. Precavido e considerada a redacção sobranceira e algo irritada do comentário, fui fazer uma verificação de segurança e constatei que, de facto, na página de facebook, o ora defunto se identifica por Oscar Mascarenhas, o que confere plausibilidade à reclamação do anónimo quando intimou o nosso embaixador em Paris a remover os acentos (e este, muito bem, o fez). Tendo descoberto isto, e encadeando-se no mais que natural endereço dos meus votos de pesar à família do jornalista, que deve preceder quaisquer outras considerações, permitam-me manifestar a estranheza perante arrebatados testemunhos de amizade e proximidade que se lêem a propósito nas redes sociais (abaixo, o afixado por João Soares), em que se parece desconhecer a peculiaridade íntima da forma de tratamento do amigo, acentuando-se canonicamente o Ó de Óscar. Repegando a expressão inicial do comentário de João Soares: Porra, ele há ignorâncias (logo na forma de tratamento?) que dão mesmo o aspecto daquilo que são...
Adenda: Mais outro Amigo do Ó
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