15 maio 2015

A CORRIDA AO OURO DO SÉCULO XXI

Engana-se quem pensar que as corridas por uma exploração mineira se tornaram coisas do passado, caso da Corrida ao Ouro do Klondike em finais do Século XIX, perpetuada por esta célebre fotografia acima. As corridas do Século XXI são necessariamente muito mais sofisticadas do ponto de vista tecnológico assim como as fotografias que propiciam têm um outro género de espectacularidade, a exigir outros conhecimentos, também mais sofisticados. As fotografias nocturnas por satélite de todo o território dos Estados Unidos têm, só por si, uma particular espectacularidade.
Mas, para as apreciar plenamente, há que conhecer a geografia local, nomeadamente a localização das suas maiores cidades, acima e abaixo identificáveis pelas manchas luminosas. Mas é esse conhecimento que também permite perceber as anomalias, quando luzes se concentram num local onde se sabe que não existe nenhuma grande urbe. É o caso da região assinalada nestas duas fotos pelo nome Bakken (Shale ou Formation), a região oeste do subpovoado estado americano do Dakota do Norte (700 mil habitantes num território o dobro de Portugal), onde a concentração das luzes nos induzem a impressão de identificarmos ali uma metrópole capaz de rivalizar com Chicago...
Mas não: são apenas as luzes dos muitos milhares de poços de petróleo situados numa formação geológica denominada por formação Bakken (que tem uma área de cerca de 500.000 km² e se prolonga do norte dos Estados Unidos até ao sul do Canadá), de onde há poucos anos se começaram a extrair novos tipos geológicos de petróleo, numa nova corrida ao ouro (agora ao ouro negro) que, neste caso, até consegue ser fotografada do espaço... enquanto subverte a esmagadora maioria das previsões que haviam sido feitas quanto à disponibilidade dos recursos energéticos neste começo do Século XXI.

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