08 outubro 2017

...QUANTOS MARCHARAM?...

Uma destas notícias tem de ser falsa. Senão mesmo as duas. Não há subjectividade que justifique apresentar a existência de três manifestantes num mesmo local onde outros viram apenas um. E a discrepância dos números de cada título já não tem nada a ver com a verdade e o rigor. Só nos serve para aferir onde se situarão as simpatias do órgão de comunicação social na causa em causa. Isto não tem nada a ver com informação, apenas com propaganda. Comunistas e fascistas designavam os seus órgãos de contacto com a comunicação social de Informação e Propaganda: para os totalitarismos tudo não passa de uma e apenas a mesma coisa. Os dois totalitarismos do século XX parecem irrecuperavelmente ultrapassados mas, neste caso específico, tinham razão e guardaram-se para esta cruel resposta... Agora, não nos chateiem que a comunicação social está em crise.

3 comentários:

  1. https://www.priberam.pt/dlpo/propaganda

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  2. Não é assim tão surpreendente, acontece sempre em Portugal. "Fontes policiais" dizem 8, "fontes sindicais" (ou partidárias) dizem 80. Patetice.

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  3. Não vou discordar de si JPT, quem presta atenção a estes acontecimentos e a estas "estimativas" conhece o processo.

    Menos sabido será talvez o facto de ter existido uma empresa espanhola (a LYNCE) que fazia contagens das pessoas presentes nas manifestações a partir de fotografias aéreas. Era muito rigoroso mas, depois de ter transformado uma manifestação de 2 milhões (versão dos organizadores) ou 250 mil (versão da polícia) num "ajuntamento" de 55.316 pessoas, o seu destino pareceu-me traçado (http://herdeirodeaecio.blogspot.pt/2009/11/uma-visao-celestial-das-manifestacoes.html).

    Não me enganei. A empresa fechou por falta de clientes, porque a verdade crua é que ninguém está interessado em pagar para saber quantas pessoas compareceram REALMENTE numa manifestação.

    Mas o problema aqui não é vacilar entre um número aldrabado e um número ainda mais aldrabado, é o "tratamento" noticioso que nem toma em consideração os factos, a escolha "cuidadosa" do que se "catapulta" para o título.

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