Há qualquer coisa de profundamente irónico quando vemos o discurso da inexistência de alternativas, que foi a coluna vertebral da argumentação política do PSD aquando da passagem de Passos Coelho e da sua equipa pelo poder, a ser recuperado mas agora para os combates na frente interna. Aquilo que não passa de um estratagema escolástico, ao admitir-se a pretensa discussão de um tema cujo único argumento que se apresenta é a sua não discussão (não há alternativa!), transbordou entretanto para outros campos da sociedade caso do futebol (abaixo). Eu cá sou do tempo em que o dirigente de um partido político era apenas um primus inter pares e não um deus ex machina. Assim, para o caso concreto acima, e antes de Paula Teixeira da Cruz chegar à conclusão acima, conviria que explicasse porque é que Rui Rio não é alternativa, Paulo Rangel também não, Luís Montenegro tão pouco, Nuno Morais Sarmento ainda menos e José Eduardo Martins não é hipótese a considerar. É que, como se costuma dizer, parodiando tais assertividades sobre os indispensáveis, os cemitérios estão cheios de insubstituíveis - mas isso talvez seja um argumento mais pertinente para desmascarar as inanidades que, a respeito de Pinto da Costa, abaixo defende Manuel Serrão...
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