Embora possa ser uma opinião minoritária, até há que admitir razões para que José Sócrates se tenha sentido incomodado com a pergunta que Vítor Gonçalves lhe endereça - Hoje, como é que o senhor vive, como é que o senhor paga as suas despesas? Descontada a exaltação, compreendo a resposta de José Sócrates (aos 0:12): - O que é que o senhor tem a ver com isso? O que eu já não compreendo é como toda aquela exaltação se esvai num minuto e de enfiada está a tratar o entrevistador por meu caro amigo (aos 1:22). Teria sido a ocasião mais propícia para que Vítor Gonçalves esclarecesse o seu entrevistado que era apenas um jornalista encarregue de o entrevistar. Responder-lhe qualquer coisa como: - Mas eu não sou seu amigo, estou aqui apenas para lhe fazer perguntas, algumas das quais já se percebeu que não gosta. É uma pena, mas compreende-se que tenha faltado a Vítor Gonçalves o espírito repentista para devolver a José Sócrates o distanciamento que ele impusera apenas um minuto antes. Afinal, Portugal é um país pequeno, não pode competir com outros países maiores que exibem entrevistadores com uma outra categoria. Mesmo assim, e observando o erro cometido com a referência à pensão (acima, aos 0:40, Gonçalves antecipou-se a Sócrates e deu a este último mais um bónus), creio que em Portugal há capacidade para encontrar entrevistadores mais qualificados do que Vítor Gonçalves...
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