Um pormenor que cada vez se torna mais perceptível, mesmo à medida que as histórias de Astérix se tornam mais sofisticadas, é que Goscinny continuará a nem sempre planificar de antemão a evolução dos seus argumentos para que coubessem nas 44 pranchas canónicas para os álbuns de BD deste género. Já o havíamos assinalado com A Volta à Gália e também neste caso d'Os Louros de César é evidente a compressão do ritmo dos acontecimentos no final das histórias para que tudo possa acabar com o tradicional banquete na página 44. Resta o indispensável para que o argumento flua e alguns gags, a ironia do gajeiro negro e o instinto quase sobrenatural de Júlio César. Por falar nesse aspecto, a associação do seu pensamento dever-se-á ao facto dos franceses utilizarem frequentemente o funcho para condimentar o peixe grelhado.
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