26 de Outubro de 1917. Há precisamente cem anos o Brasil declarava guerra à Alemanha, entrando naquela que era então conhecida como a Grande Guerra. Mas, como também se passaria 25 anos depois por ocasião da outra declaração de guerra na Guerra Mundial seguinte, trata-se mais de uma atitude do que de uma iniciativa. Como se assinalou recentemente aqui no Herdeiro de Aécio, no caso dos Estados Unidos passaram-se mais de seis meses entre esta mesma declaração e a chegada dos seus primeiros soldados às frentes (estáticas) de batalha. Pelo mesmo ritmo, no final da Primavera de 1918, teríamos os primeiros contingentes brasileiros a combater em França. Mas não. No caso do Brasil não terá havido mesmo grande empenho em ir combater o inimigo. Há quem, maliciosamente, compare esta participação do Brasil num dos grandes conflitos mundiais do século XX ao que se costuma dizer do papel dos testículos durante o coito: participaram, mas não chegaram a entrar...
Ora, ora... estas reiteradas invectivas a participacao indirecta dos testiculos no coito sao um apoucamento miope!
ResponderEliminarNao raras vezes sao as questoes de abastecimento e logistica que ditam o resultado de batalhas e campanhas militares inteiras! As falicas espadas so se erguem e ensaguentam depois da mao que as segura ter sido bem alimentada.
Nao bata mais nos pobres testiculos... ate porque doi muito!
Percebo a reclamação ao que parece ser uma repetição tão próxima da mesma metáfora. As datas de redacção poderiam justificar em parte essa quase sobreposição.
ResponderEliminarRealmente, na Primeira Guerra, a participação do Brasil foi praticamente nula, sendo que tropas brasileiras já estavam a merce de gripe espanhola em 1918. Muitos esquecem no tremendo impacto dessa doença, ainda mais que atacava principalmente os jovens. Porém na Segunda Guerra, a participação foi respeitável, se tivermos em consideração a pouca capacidade bélica do Brasil na época. Tendo atuado no Fronte Italiano, ganhando o respeito por sua atuação junto aos Aliados. Se alegar a ajuda dos EUA, sem ela, nem a Inglaterra teria sobrevivido.
ResponderEliminarQuanto à Segunda Guerra Mundial e se é leitor regular do blogue já deve ter reparado que já aqui me referi à FEB e ao seu desempenho em Itália (mesmo assim, dois anos depois da declaração de Guerra do Brasil - http://herdeirodeaecio.blogspot.pt/2017/08/a-declaracao-de-guerra-do-brasil.html).
ResponderEliminarAgora, no que diz respeito à Primeira Guerra Mundial, a (não) participação brasileira é embaraçosa - ficou atrás da do Sião (a actual Tailândia) que chegou a enviar 1.250 combatentes e um grupo de pilotos para França. O Brasil nem isso... (https://en.wikipedia.org/wiki/Siam_in_World_War_I).
E quanto mais tentam arranjar desculpas, pior é. Essa da gripe espanhola de 1918... Então a gripe só atingia as tropas brasileiras, as dos outros países não?
Claro que não há desculpas, o Brasil estava totalmente despreparados para a guerra. Não existia clamor bélico nem na população. Na 2°GM teve uma participação melhor porque a guerra chegou ao nosso litoral e houve clamor público.
ResponderEliminarCitei a gripe espanhola porque ela realmente devastou muitos soldados, de todos os lados.
Existe uma anedota no exército:
As tropas estarão prontas para o combate no fim da primavera de 1918, diz o embaixador.
O general francês fica satisfeito ao saber.
Meses depois o mesmo general entra em contato com o embaixador brasileiro. Onde estão as tropas brasileiras, já estamos no início do outono.
O embaixador responde: como prometido, estarão prontas no fim da primavera.
Mas já é outono!
O embaixador diz: não no hemisfério sul...
Obrigado pelo link. Saudações.