Lembre-se que há quarenta anos houve um fim-de-semana prolongado, com o novo feriado do 25 de Abril a calhar a uma Sexta-Feira, o dia das eleições a juntar-se aos dois dias de descanso. Nem de propósito, a RTP Memória transmitiu – em muito boa hora para nostálgicos como eu – um compacto de 9 horas do programa de televisão original (acima) que se prolongou por 32 horas e que acompanhou o – vagarosíssimo – escrutínio dos votos e que muitos então puderam acompanhar numa inesquecível directa frente à televisão.
Comprovando essa insuportável lentidão, na edição dominical de 27 de Abril do Diário de Notícias, ainda não se haviam encerrado as contagens e os resultados só davam por eleitos 12 dos 16 deputados que o CDS veio a eleger, 3 dos 5 do MDP/CDE ou 25 dos 30 do PCP. Mas o sentido da vontade popular já então se tornara inequívoco, tanto que a redacção do jornal, afecta aos derrotados (e havia-os em diversos formatos), se sentira na obrigação de atribuir a vitória a uma abstracta aliança Povo-MFA, o que era uma treta! A aliança Povo-MFA não havia ido a votos...
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