03 abril 2006

O HERDEIRO DE FIDEL

Sempre houve algo, especialmente da parte da esquerda europeia, na forma de apreciar a denominada revolução cubana como um acontecimento verdadeiramente pitoresco que impediu que fosse levada cabalmente a sério e julgada com a necessária equidade pelas suas realizações mas também pelos seus desmandos.

O tempo vai passando, Fidel Castro envelhecendo, Cuba perdendo o seu papel de país estrela na resistência ao imperialismo ianque (a favor da Venezuela de Chavez) e a malta, do costume, pretendendo que “¡¡No pasa nada!!”

Quando a notícia do jornal se intitula “Fidel confirma irmão como sucessor” estão está-se a passar alguma coisa. É que o sucessor de Fidel (de 79 anos) é o irmão Raul (esse jovem de 74).

Quando aqui chegamos, se os boletins de saúde e as fichas clínicas se tornam mais importantes do que os posicionamentos ideológicos nas análises das possibilidades dos sucessores é sinal de que o regime compartilha com o líder as suas possibilidades de sobrevivência: prognóstico reservado.

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