Rajoy apresenta quatro milhões de assinaturas ao congresso para que o estatuto (catalão) seja votado em toda a Espanha (Título do El Mundo de 25 de Abril de 2006)
Uma das formas simplificadas de explicar a transição espanhola de 1976-77 para a democracia, consiste em dizer que foi a direita espanhola inteligente que, cautelosa com os exemplos que estava a colher de Portugal, poupou a direita espanhola estúpida às humilhações que todas as direitas portuguesas, estúpidas ou inteligentes, estavam a sofrer ali mesmo ao lado.
Foi um favor que, passados trinta anos, é capaz de se vir a revelar contraproducente. Falar hoje com um espanhol de opiniões conservadoras pode revelar-se uma grande surpresa. Direita em Espanha quer mesmo dizer direita, e para os mais velhos, que se recordam da tal transição, ainda fica para perceber mais claramente porque é que a Espanha, una, grande e livre, de Franco teve de desaparecer assim de repente. Um pouco à semelhança do que acontecia com a perplexidade que os alemães mostravam sobre as causas da derrota do seu país em 1918.
E, com a iniciativa do lado do PSOE e de Zapatero, a atitude de Rajoy e do seu PP tem sido a de querer bloquear tudo e opor-se a tudo – como o truque mais recente, o de pedir que os estatutos autonómicos sejam votados em todo o país - para a satisfação da tal direita estúpida e do seu eleitorado cativo que sempre adorou slogans grandiloquentes, castelhanos em todo o seu esplendor embora completamente dissociados da realidade.
Exemplificando com o que encima este post, historicamente, a Espanha nunca foi una, já não é grande desde os Habsburgos do século XVII, e penso ser dispensável qualquer comentário sobre o facto dela ter sido livre sob o regime do general Franco…
¿Donde estás, Adolfo Suarez? Onde anda, por estes dias, a direita inteligente espanhola?
Uma das formas simplificadas de explicar a transição espanhola de 1976-77 para a democracia, consiste em dizer que foi a direita espanhola inteligente que, cautelosa com os exemplos que estava a colher de Portugal, poupou a direita espanhola estúpida às humilhações que todas as direitas portuguesas, estúpidas ou inteligentes, estavam a sofrer ali mesmo ao lado.
Foi um favor que, passados trinta anos, é capaz de se vir a revelar contraproducente. Falar hoje com um espanhol de opiniões conservadoras pode revelar-se uma grande surpresa. Direita em Espanha quer mesmo dizer direita, e para os mais velhos, que se recordam da tal transição, ainda fica para perceber mais claramente porque é que a Espanha, una, grande e livre, de Franco teve de desaparecer assim de repente. Um pouco à semelhança do que acontecia com a perplexidade que os alemães mostravam sobre as causas da derrota do seu país em 1918.
E, com a iniciativa do lado do PSOE e de Zapatero, a atitude de Rajoy e do seu PP tem sido a de querer bloquear tudo e opor-se a tudo – como o truque mais recente, o de pedir que os estatutos autonómicos sejam votados em todo o país - para a satisfação da tal direita estúpida e do seu eleitorado cativo que sempre adorou slogans grandiloquentes, castelhanos em todo o seu esplendor embora completamente dissociados da realidade.
Exemplificando com o que encima este post, historicamente, a Espanha nunca foi una, já não é grande desde os Habsburgos do século XVII, e penso ser dispensável qualquer comentário sobre o facto dela ter sido livre sob o regime do general Franco…
¿Donde estás, Adolfo Suarez? Onde anda, por estes dias, a direita inteligente espanhola?
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