Admitamos, por hipótese, que a direcção do BPI já se apercebeu que não se conseguirá opor directamente à OPA que o BCP lançou sobre o seu próprio banco. Mas é claro que, estando em jogo o que está em jogo, a luta travar-se-ia até ao fim.
Admitamos que, por causa disso, começou a desviar as áreas de confronto para outros aspectos mais periféricos, como considerações sobre o perfil do principal dirigente do BCP, Paulo Teixeira Pinto, ou sobre o nível das remunerações dos administradores do banco que os elegeu para presa.
Claro que, se assim tivesse acontecido, a fonte primária desta última notícia teria de aparentar ser o mais neutral possível, de forma a conferir-lhe um máximo de credibilidade, num país muito propenso a atribuir valor acrescentado ao que vem lá de fora. Depois tratar-se-ia do efeito de ressonância na informação nacional.
Se isto se estivesse a passar, seria muito instrutivo verificar qual a capacidade de mobilização da informação de um banco nacional de uma dimensão média quando julga estar em jogo algo que os seus dirigentes julgam fundamental para a sua sobrevivência.
Se um banco de média dimensão pudesse criar toda essa confusão, pode-se especular o que uma grande organização ou uma associação de grandes organizações poderiam fazer em caso de ameaças aos seus interesses que considerassem vitais. Poderiam lançar uma campanha para derrubar um governo?
Admitamos que, por causa disso, começou a desviar as áreas de confronto para outros aspectos mais periféricos, como considerações sobre o perfil do principal dirigente do BCP, Paulo Teixeira Pinto, ou sobre o nível das remunerações dos administradores do banco que os elegeu para presa.
Claro que, se assim tivesse acontecido, a fonte primária desta última notícia teria de aparentar ser o mais neutral possível, de forma a conferir-lhe um máximo de credibilidade, num país muito propenso a atribuir valor acrescentado ao que vem lá de fora. Depois tratar-se-ia do efeito de ressonância na informação nacional.
Se isto se estivesse a passar, seria muito instrutivo verificar qual a capacidade de mobilização da informação de um banco nacional de uma dimensão média quando julga estar em jogo algo que os seus dirigentes julgam fundamental para a sua sobrevivência.
Se um banco de média dimensão pudesse criar toda essa confusão, pode-se especular o que uma grande organização ou uma associação de grandes organizações poderiam fazer em caso de ameaças aos seus interesses que considerassem vitais. Poderiam lançar uma campanha para derrubar um governo?
Excelente pergunta. Todas as respostas (que me ocorrem) são inquietantes!
ResponderEliminarPorque não?
ResponderEliminarBastaria um "investimento" no controlo da Comunicação Social, como se prova (e reprova!) no caso Berlusconi. À primeira tentativa resultou e à segunda... foi por pouco!
Assim a modos que um Balsem..édia.
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