29 agosto 2016

O REPÓRTER, SEMPRE «EM CIMA» DO ACONTECIMENTO... E SEMPRE «ATRÁS» DA VERDADE

Exemplo canónico do que pode ser o jornalismo dinâmico que se pratica hoje em dia (Jornal de Notícias), através do encadeado das notícias cobrindo um caso de uma agressão aparentemente fatal numa rixa entre jovens. Um jovem morreu após ter sido agredido com uma soqueira. Felizmente, logo nessa notícia inicial se dissiparam dúvidas prementes, porque numa primeira versão ele fora agredido com uma faca quando estava acompanhado de uma amiga. Porém, estabelecida a retificação que fora uma soqueira o instrumento da agressão, logo aparece a necessidade de outra, porque afinal a amiga que o acompanhava era mais do que amiga, era namorada, e os ciúmes terão sido a causa da agressão. Mas o assunto parece ainda longe de esclarecido porque o defunto afinal não morreu: está em estado grave no hospital. Constatada em 36 horas, a arma do crime, a causa do crime e até mesmo a ressurreição da vítima e a consequente despromoção do homicida a agressor, só se lamenta que o tópico em si seja trágico, porque no resto é cómico...

3 comentários:

  1. Será que é uma forma estudada, subliminar e inovadora de manter o público preso às notícias?

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  2. ...já estou a ver o cabeçalho do Correio da Manhã:

    "A VÍTIMA QUE RESSUSCITOU!"

    PS - A culpa agora parece ter sido da PSP porque a responsabilidade do que aparece escrito nos jornais passou também a ser... da PSP. O jornalista só tem que redigir ou falar... e esmerar-se por não cometer erros de gramática.

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