Foi só há precisamente um ano, mas na opinião pública já se terá desvanecido aquela sensação que se sentiu na segunda quinzena de Agosto de 2015 que no país se vivia um Milagre Económico... O crescimento económico (1,5%...) estabilizara, a dívida pública caíra, até se ventilava devolver a sobretaxa de IRS... O Diário Económico passava as mensagens todas. Constata-se quanto um ano pode ser muito tempo, porque fora precisamente um ano antes, em Agosto de 2014, que o banco Espírito Santo explodira e sobre a evolução dessa situação e sobre a situação da banca portuguesa em geral, nesse radioso mês de Agosto de 2015, a pouco mais de um mês das eleições, parecia não haver grande coisa que o governo quisesse que fosse dita...
Um ano depois desse milagre gorado, este outro governo a esses costumes nada tem dito. Concentra-se na banca, o enorme buraco que havia permanecido semi-escondido. Mas os indicadores económicos e financeiros permanecem medíocres, piores que os herdados, o que mudou substancialmente foi o teor da cobertura noticiosa desta tal imprensa da especialidade. Este cenário vai implicar significativos desvios na execução orçamental. Agora já se vai tarde para rectificar seja o que seja. Os outros sempre tinham razão quando insistiram com o actual governo para rectificar as contas públicas, porém o que os outros não têm é moral para se fazerem obedecer depois da benevolência que deram mostras para com os exercícios do governo anterior...
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