16 agosto 2016

EM CIMA DO RISCO

Há quase precisamente 96 anos, dia por dia, a separar as duas fotografias: duas vitórias olímpicas arrancadas em cima da meta recorrendo a processos menos convencionais... mas legais. Em 16 de Agosto de 1920, o atleta norte-americano Charles Paddock alcançou a celebridade ao vencer a corrida de 100 metros dos Jogos Olímpicos de Antuérpia cruzando a meta num salto voador que lhe permitiu bater os seus rivais. E em 15 de Agosto de 2016 no Rio de Janeiro foi a bahamiana Shaunae Miller que recorreu também a um expediente inusitado na corrida dos 400 metros, atirando-se em voo sobre a meta. O que eu já não posso investigar é se a imprensa de outrora se terá indignado com o expediente de Paddock com a mesma veemência como alguma o faz actualmente em relação ao de Miller: o que se lê no Washington Post é um exemplo (não aleatório...) do que, conhecendo-se as regras (desportivas e jornalísticas), se pode fazer escudando-se por detrás das opiniões das redes sociais. É um daqueles casos muito específicos em que, mais do que ter pena por em 1920 ainda não haver redes sociais, tenho pena é que em 2016 as haja...

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