18 agosto 2016

A ESSÊNCIA DO JORNALISMO OLÍMPICO

Há um par de dias assisti a uma entrevista televisiva deste atleta olímpico de taekwondo a um punhado de sopés de microfone sôfregos por medalhas e, pelo menos nessa disciplina de corrigir, moderar e refutar imbecis, ganhou para mim uma medalha virtual, porque lhes deu uma merecidíssima tareia - houve mais (e não melhores) perguntas do que a que é feita neste vídeo. Mas, por causa disso, também não seria difícil desconfiar que a sua popularidade entre a comunidade jornalística a cobrir os jogos do Rio pudesse ser não muito elevada. Como acima se comprova por esta apreciação à sua participação que foi feita por um cretino qualquer que escreve no jornal Record. Deu-lhe a medalha de lata... Eu não vi o combate, não aprecio taekwondo e estou-me cagando para o Record (lamento, mas não há outra expressão que traduza com igual rigor aquilo que penso da informação dita desportiva portuguesa). Mas quem não se devia estar cagando para o Record é quem lá trabalha. Porque os tempos mudam e a continuarem a adoptar esta atitude eles correm o risco de perderem o sítio onde trabalhar. Porque a essência da coisa e o que lhes convirá mais, é os jornalistas fazerem com que nós gostemos dos atletas olímpicos, não que fiquemos a detestar os jornalistas que fazem a cobertura dos eventos onde esses atletas participam.

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