Quando, na História da Guerra do Século XX, se fala do emprego da artilharia, o exército que se destacou pelo seu emprego em quantidade foi o soviético; mas o que se destacou pela qualidade do material que empregou foi o alemão. Já aqui se aflorou as descomunais concentrações de poder de fogo (abaixo) que os soviéticos empregavam antes de desencadearem as suas ofensivas durante a Segunda Guerra Mundial.
Pelo contrário, a tradição da qualidade alemã começara já na Grande Guerra anterior, logo em 1914, quando os alemães colocaram em linha um novo obus, com um calibre de 420 mm, especialmente destinado a destruir fortificações. Mas era tão pesado, que depressa se descobriu que era preferível deslocá-lo por caminho-de-ferro. Mas revelou-se tão eficaz que também depressa ganhou a alcunha da dona da empresa construtora: Bertha Krupp.
Embora conhecida em português e inglês por Grande Berta, a alcunha original, criada pelos próprios alemães e também usada pelos franceses, era menos caridosa para com a senhora, traduzindo-se literalmente por Berta Gorda (Dicke Bertha, Grosse Bertha). Por extensão, todas as descomunais peças de artilharia que foram concebidas pelos alemães durante aquele conflito vieram a receber essa mesma alcunha: Grande Berta.
A Grande Berta mais famosa (acima) – apesar dos nomes oficiais de Peça de Artilharia do Imperador Guilherme ou Canhão de Paris– foi um enorme canhão, também transportado em caminho-de-ferro, que foi concebido para atingir Paris a partir das posições alemãs que, quando entrou ao serviço a partir de Março de 1918, com um alcance superior a 120 Km, causou um devastador efeito psicológico junto da população parisiense (abaixo).
Mas o mais paradoxal de todas as histórias destas Grandes Bertas é a da própria madrinha involuntária de tanta arma de destruição que podemos apreciar na fotografia abaixo, juntamente com os filhos. Quando pensaríamos descobrir uma imponente matrona teutónica loura wagneriana a quem só faltariam as tranças, vemos afinal uma senhora não muito bonita mas de pose distinta, qual Cilinha Supico Pinto de uma outra era…
Embora conhecida em português e inglês por Grande Berta, a alcunha original, criada pelos próprios alemães e também usada pelos franceses, era menos caridosa para com a senhora, traduzindo-se literalmente por Berta Gorda (Dicke Bertha, Grosse Bertha). Por extensão, todas as descomunais peças de artilharia que foram concebidas pelos alemães durante aquele conflito vieram a receber essa mesma alcunha: Grande Berta.
A Grande Berta mais famosa (acima) – apesar dos nomes oficiais de Peça de Artilharia do Imperador Guilherme ou Canhão de Paris– foi um enorme canhão, também transportado em caminho-de-ferro, que foi concebido para atingir Paris a partir das posições alemãs que, quando entrou ao serviço a partir de Março de 1918, com um alcance superior a 120 Km, causou um devastador efeito psicológico junto da população parisiense (abaixo).
Mas o mais paradoxal de todas as histórias destas Grandes Bertas é a da própria madrinha involuntária de tanta arma de destruição que podemos apreciar na fotografia abaixo, juntamente com os filhos. Quando pensaríamos descobrir uma imponente matrona teutónica loura wagneriana a quem só faltariam as tranças, vemos afinal uma senhora não muito bonita mas de pose distinta, qual Cilinha Supico Pinto de uma outra era…
As coisas que tu sabes! Estou pasmada!As Bertas é que não estarão lá muito lisongeadas. Eu não estaria se fosse Berta, dar nome a equipamento bélico,não cabe lá muito nas aspirações da maioria das pessoas. E convenhamos que a senhora, como tu aliás dizes, até era distinta. Não havia necessidade de lhe fazerem uma desfeita dessas...
ResponderEliminarA única Berta que me veio à memória foi a que precedeu a Gertrudes.
ResponderEliminarMas, pasme-se, quando comecei a ler o post lembrei-me logo da Supico.
É caso para dizer: Eu não acredito em BRUXAS, mas que as há, há (houve)... ;)
Para mim, Donagata, há nomes femininos que têm uma compleição física intrínseca, como Berta ou Bárbara, que só podem pertencer a mulheres possantes.
ResponderEliminarOutros nomes há que têm idades próprias, como a Gertrudes de que fala o JRD. Uma Gertrudes nunca teve 20 anos, assim como uma Inês não pode envelhecer para lá dos 40.
Mais a sério, não se esqueçam que as senhoras da altura se prestavam a cenas muito parecidas, quando se tornavam "madrinhas" por ocasião do lançamento dos navios à água, onde compareciam com a sua melhor indumentária, para aquela cerimónia de atirar a garrafa de espumante contra o casco, que por vezes não se partia...