Não é preciso entender russo para desconfiar que Katyusha é capaz de se tratar de um diminutivo carinhoso do nome Catarina (ou Yekaterina, na língua russa). E é verdade. Contudo, as versões que levaram um nome tão fofinho a servir para baptizar um dispositivo de artilharia cujo destino principal é o de instalar o terror nas linhas do inimigo é que são variadas, embora a maioria delas sejam inverosímeis.
As pesquisas sobre foguetes que se desenvolveram na União Soviética no período de entre guerras culminaram, na época do começo da Segunda Guerra Mundial, no aparecimento dentro da arma de artilharia do exército vermelho de sistemas de fogo menos convencionais, baseados em rampas múltiplas de pequenos foguetes de combustivel sólido (um foguete tipo tinha 1,80 metros de altura, um calibre de 132 mm e um peso de 42 Kg).
Os Katyusha, conhecidos entre os alemães pelo nome menos extremoso de Órgãos de Staline por causa do barulho peculiar provocado pela saída dos foguetes das suas rampas de lançamento, tinham um alcance curto (cerca de 5 Km), mas um efeito (pela combinação do efeito sonoro e explosivo) tão moralizador entre os soldados do lado de onde saíam, como desmoralizador nos soldados do lado onde aterravam…
Sendo a maioria das rampas motorizadas, tornou-se um sistema muito versátil que permitia concentrar um extraordinário poder de fogo num qualquer local da frente de combate. O seu ponto fraco reside no facto de que o remuniciamento das rampas era muito mais vagaroso do que o da artilharia tradicional, o que tornava o sistema vulnerável a um contra-ataque por parte da artilharia inimiga. Daí o valor da mobilidade.
Juntamente com o carro de combate T-34 nos blindados e a pistola-metralhadora PPSh-41 na infantaria, o BM-13 (pela artilharia) fazem parte da troica dos ícones mais conhecidos do armamento soviético da Segunda Guerra Mundial. E, apesar de terem sido utilizados sistemas similares durante o conflito, quer no exército alemão, quer entre os aliados ocidentais, foi um sistema que ficou para sempre conotado com os soviéticos.
Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, foram ainda os soviéticos que o continuaram a desenvolver embora a NATO, ao fim de quase 40 anos (1983) se tenha decidido finalmente a adoptar um sistema aparentado – o M270, empregue com muito sucesso nas guerras do Golfo. Mas a técnica do bate e foge destes sistemas parece pertencer geneticamente aos princípios tácticos dos soviéticos e seus derivados.
Ainda recentemente, o exército russo empregou-os em posição de força para arrasar os quarteirões de Grozny* onde se entrincheiravam os rebeldes chechenos, no quadro das guerras que os russos ali travam (imagem acima), enquanto o Hezbollah libanês, esse estando em posição de fraqueza, os usou para flagelar o norte de Israel no âmbito do conflito para que arrastou o Tsahal** durante o Verão do ano passado (embaixo).
* Grozny é a capital da Chechénia.
** Forças armadas israelitas.
As pesquisas sobre foguetes que se desenvolveram na União Soviética no período de entre guerras culminaram, na época do começo da Segunda Guerra Mundial, no aparecimento dentro da arma de artilharia do exército vermelho de sistemas de fogo menos convencionais, baseados em rampas múltiplas de pequenos foguetes de combustivel sólido (um foguete tipo tinha 1,80 metros de altura, um calibre de 132 mm e um peso de 42 Kg).
Os Katyusha, conhecidos entre os alemães pelo nome menos extremoso de Órgãos de Staline por causa do barulho peculiar provocado pela saída dos foguetes das suas rampas de lançamento, tinham um alcance curto (cerca de 5 Km), mas um efeito (pela combinação do efeito sonoro e explosivo) tão moralizador entre os soldados do lado de onde saíam, como desmoralizador nos soldados do lado onde aterravam…
Sendo a maioria das rampas motorizadas, tornou-se um sistema muito versátil que permitia concentrar um extraordinário poder de fogo num qualquer local da frente de combate. O seu ponto fraco reside no facto de que o remuniciamento das rampas era muito mais vagaroso do que o da artilharia tradicional, o que tornava o sistema vulnerável a um contra-ataque por parte da artilharia inimiga. Daí o valor da mobilidade.
Juntamente com o carro de combate T-34 nos blindados e a pistola-metralhadora PPSh-41 na infantaria, o BM-13 (pela artilharia) fazem parte da troica dos ícones mais conhecidos do armamento soviético da Segunda Guerra Mundial. E, apesar de terem sido utilizados sistemas similares durante o conflito, quer no exército alemão, quer entre os aliados ocidentais, foi um sistema que ficou para sempre conotado com os soviéticos.
Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, foram ainda os soviéticos que o continuaram a desenvolver embora a NATO, ao fim de quase 40 anos (1983) se tenha decidido finalmente a adoptar um sistema aparentado – o M270, empregue com muito sucesso nas guerras do Golfo. Mas a técnica do bate e foge destes sistemas parece pertencer geneticamente aos princípios tácticos dos soviéticos e seus derivados.
Ainda recentemente, o exército russo empregou-os em posição de força para arrasar os quarteirões de Grozny* onde se entrincheiravam os rebeldes chechenos, no quadro das guerras que os russos ali travam (imagem acima), enquanto o Hezbollah libanês, esse estando em posição de fraqueza, os usou para flagelar o norte de Israel no âmbito do conflito para que arrastou o Tsahal** durante o Verão do ano passado (embaixo).
* Grozny é a capital da Chechénia.
** Forças armadas israelitas.
Katyuscha também é o nome de ua célebre música cantada pelo Exército Vermelho.
ResponderEliminarExacto. Pode ser ouvida aqui:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=vyE4mxK2DJY
(Já não é o exercito vermelho, mas é que de mais parecido se arranja...)