Não sou munícipe de Santarém, por isso não tenho interesse directo no assunto que vou abordar, mas não haja dúvidas que me intriga a frequência das presenças de Moita Flores em consecutivos telejornais e demais programas da SIC (enquanto escrevo é o da Fátima Lopes…) com os seus contributos enquanto criminalista (seja lá o que isso for…) para os debates e análises sobre o caso da miúda inglesa que desapareceu no Algarve.

Que se defenda que os políticos desenvolvam outras actividades que não os tornem dependentes da política é uma coisa, isto parece-me outra. Enfim, aos escalabitanos competirá julgar e a mim, nas minhas modestas possibilidades, assegurar que eles julguem bem…
Antigamente, a Polícia Judiciária costumava trabalhar em silêncio, em segredo, para não espantar a caça.
ResponderEliminarEra uma espécie de Moita carrasco.
Hoje, ninguém resiste a palrar diante de um microfone e uma câmara.
É Moita a distribuir as Flores do seu saber, trocando a sua Câmara por outras,neste bailado de comentadores. É a fruta da época...
Numas eleições autárquicas anteriores, o PP de Paulo Portas lembrou-se de pegar numa outra cara da televisão, Nicolau Breyner, a concorrer à presidência da câmara de Serpa, de onde Breyner é natural. O PP esteve quase a ganhar as eleições. Mas enternecedor mesmo era ouvir o discurso do candidato-actor tecendo loas às suas origens rurais e aos prazeres da vida no campo. Ouviu-se falar muito de Serpa na altura. Hoje o episódio é uma nota de rodapé. Suponho que Breyner não tenha sido um vereador particularmente memorável…
ResponderEliminarPelos vistos, os “eles” – políticos – “que prometem tudo antes e só vão para lá para se encherem” também são os eles – nós e aqueles que julgamos conhecer – quando nos vimos em situações idênticas. Como se vê neste caso de Moita Flores, nada substitui o escrutínio atento dos seus gestos no durante, para não haver lamentos no depois…