A pessoa do
Dalai Lama (Tenzin Gyatso), que recentemente até visitou Portugal (desencadeando um episódio que,
como é óbvio, demonstrou como as verdadeiras prioridades da política externa não são para ter moralidade nenhuma...), é uma daquelas figuras que tem uma verdadeira projecção mundial e uma imagem facilmente reconhecível.

A projecção e o reconhecimento de
Prachanda (Pushpa Kamal Dahal), o dirigente supremo do
Partido Comunista do Nepal (Maoista), são muitíssimo inferiores, quase desconhecidos. Mas não a sua importância, numa disputa surda que há décadas se trava entre a China e a Índia, sobre a linha das alturas da maior cordilheira do Mundo, a dos Himalaias.

Hoje foi notícia
a saída dos comunistas nepaleses do governo de coligação formado no seguimento de uma quase ignorada guerra civil que ali tem vindo a ser travada. É uma maneira da China ameaçar o lado indiano (sul) da cordilheira. Do outro lado, a ameaça (para a China) ao Tibete são as deambulações do Dalai Lama pelo mundo…

Estas análises geopolíticas (acima o mapa do Tibete com a capital, Lhasa, a norte do Nepal, com a capital Katmandu), mesmo quando ultra simplificadas como neste caso, costumam fazer todo o sentido, mas têm aquele desagradável efeito secundário de estragar aqueles
enredos onde há os
bons e os
maus que, quando publicados, fazem depois vender mais jornais…
Sem comentários:
Enviar um comentário