Para os menos entendidos no râguebi, um score de 108-13 poderá significar uma humilhação e um desfecho para esquecer.
É assim que começa a crónica de hoje do Diário de Notícias sobre o Nova Zelândia 108, Portugal 13, disputado ontem para o Campeonato do Mundo de Râguebi. É uma frase intimidatória para com os adversários que possam achar que o resultado foi uma tareia das valentes (não percebem de râguebi…), num estilo que se assemelha a um típico jogo de avançados, sem a subtileza (e a espectacularidade) do jogo à mão das linhas atrasadas…
É assim que começa a crónica de hoje do Diário de Notícias sobre o Nova Zelândia 108, Portugal 13, disputado ontem para o Campeonato do Mundo de Râguebi. É uma frase intimidatória para com os adversários que possam achar que o resultado foi uma tareia das valentes (não percebem de râguebi…), num estilo que se assemelha a um típico jogo de avançados, sem a subtileza (e a espectacularidade) do jogo à mão das linhas atrasadas…
Compreende-se que seja necessário passar uma mensagem positiva ao conjunto e motivá-lo. Tenho é uma certa dificuldade em compreender que o mesmo espírito primário, a mesma densidade comunicativa de cabo incitando o seu grupo de forcados para a próxima pega durante uma corrida de touros, seja depois transposta para o estilo com que a comunicação social se exprime para o exterior, aproveitando a ignorância geral do público sobre râguebi…
É por isso que as descrições se concentram em particulares: o ar empenhado com que se canta A Portuguesa, o facto se ser a única selecção amadora no Mundial (não é bem assim…) ou o brio dos membros da Selecção em ter chegado ao Mundial… Entretanto, tenta-se contornar coisas óbvias: é que se a modalidade quiser progredir em Portugal haverá um longo caminho a percorrer, mas que não terá nada a ver com os amadores de apelidos sonantes que até aqui têm dominado a modalidade…
Aquilo são apenas jogos de râguebi mas as apreciações dos resultados da selecção nacional até agora, perante derrotas tão pesadas quanto 10-56 e 13-108 são de uma generosidade tal que, copiando Tomaz Morais, o seleccionador nacional, até o rei D. Sebastião de Portugal poderia ter tirado dali umas ideias para elaborar as suas apreciações sobre Alcácer Quibir depois da batalha (para os menos entendidos na arte militar, aquela até teria sido uma batalha para esquecer…), não se tivesse dado a circunstância de lá ter morrido…
É por isso que as descrições se concentram em particulares: o ar empenhado com que se canta A Portuguesa, o facto se ser a única selecção amadora no Mundial (não é bem assim…) ou o brio dos membros da Selecção em ter chegado ao Mundial… Entretanto, tenta-se contornar coisas óbvias: é que se a modalidade quiser progredir em Portugal haverá um longo caminho a percorrer, mas que não terá nada a ver com os amadores de apelidos sonantes que até aqui têm dominado a modalidade…
Aquilo são apenas jogos de râguebi mas as apreciações dos resultados da selecção nacional até agora, perante derrotas tão pesadas quanto 10-56 e 13-108 são de uma generosidade tal que, copiando Tomaz Morais, o seleccionador nacional, até o rei D. Sebastião de Portugal poderia ter tirado dali umas ideias para elaborar as suas apreciações sobre Alcácer Quibir depois da batalha (para os menos entendidos na arte militar, aquela até teria sido uma batalha para esquecer…), não se tivesse dado a circunstância de lá ter morrido…
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