A notícia da demissão forçada do senador republicano Larry Craig (abaixo), que fora eleito em representação do estado do Idaho (mais abaixo), um daqueles estados da América profunda que tem um dos registos políticos mais conservadores de entre o conjunto dos cinquenta estados norte-americanos, é apenas o último episódio de eleitos que expressam opiniões públicas muito severas em termos de moral e são depois apanhados em enormes contradições quanto se trata da sua vida privada.
Há um certo sabor perverso em escutar assim os episódios de um engate homossexual da parte de quem possuía uma atitude pública de grande severidade para com as causas homossexuais. Há um certo travo patético na sua tentativa de explicação, tentando negar o inegável: não fez nada de mal; não é gay. Mas o melhor da história seja talvez o detalhe de saber-se que Craig foi apanhado por um agente provocador da brigada de costumes da polícia que fora destacado para as casas de banho de um aeroporto…
Segundo a polícia, eles haviam montado uma operação nos lavatórios do aeroporto de Minneapolis em reacção a queixas recebidas de práticas homossexuais no local. E foi precisamente o agente encoberto destacado para essa operação – provavelmente a isca – que veio a ser abordado por Larry Craig. Uma sociedade que tem uma polícia que monta operações deste género, ou não tem mais problemas sociais graves (o que sabemos não ser verdade), ou merece absolutamente os Larrys Craigs que elege…
Segundo a polícia, eles haviam montado uma operação nos lavatórios do aeroporto de Minneapolis em reacção a queixas recebidas de práticas homossexuais no local. E foi precisamente o agente encoberto destacado para essa operação – provavelmente a isca – que veio a ser abordado por Larry Craig. Uma sociedade que tem uma polícia que monta operações deste género, ou não tem mais problemas sociais graves (o que sabemos não ser verdade), ou merece absolutamente os Larrys Craigs que elege…
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