Suponho que um dos problemas maiores para quem comande um exército convencional que esteja a travar uma guerra de contra-subversão será o da motivação das suas tropas. Além dos desgaste das emboscadas que se sofrem do inimigo e se montam ao inimigo, como é que se pode dar às forças operacionais uma sensação que se está a progredir numa disputa que os manuais dizem que se trava pela simpatia (e o respeito) das populações? É muito difícil medir isso…
Na impossibilidade de medir as boas vontades populares ou, pelo menos, de as conseguir converter em indicadores que todos compreendam, o armamento é o que de mais aproximado deve existir… É assim que em muitos relatórios das unidades que participaram na guerra colonial aparecem em lugar de destaque as fotografias com o armamento por elas capturado ao inimigo (o IN, na terminologia militar) – acima a da Companhia de Artilharia 2340, que esteve na Guiné em 1968/69.
Quase 40 anos separam a fotografia de cima da de baixo, que foi captada em Fallujah há uns tempos, onde aparece armamento capturado por soldados norte-americanos a rebeldes iraquianos. Só que em qualquer das fotografias podia estar o décuplo das capturas que a influência para o desfecho da guerra será o mesmo… Nenhuma guerra destas características terminou por falta de material dos insurrectos…Se há 40 anos o armamento ligeiro já não era um bem escasso, hoje ainda menos…
NOTA ADICIONAL: Por vezes também se pode contribuir para a própria derrota com armamento não letal, como se pode ver por este vídeo (creio que se trata de um HUMVEE) que em pouco mais de dois minutos muito fez pela perda de respeito e simpatia das populações do Iraque pelos norte-americanos…
Quase 40 anos separam a fotografia de cima da de baixo, que foi captada em Fallujah há uns tempos, onde aparece armamento capturado por soldados norte-americanos a rebeldes iraquianos. Só que em qualquer das fotografias podia estar o décuplo das capturas que a influência para o desfecho da guerra será o mesmo… Nenhuma guerra destas características terminou por falta de material dos insurrectos…Se há 40 anos o armamento ligeiro já não era um bem escasso, hoje ainda menos…
NOTA ADICIONAL: Por vezes também se pode contribuir para a própria derrota com armamento não letal, como se pode ver por este vídeo (creio que se trata de um HUMVEE) que em pouco mais de dois minutos muito fez pela perda de respeito e simpatia das populações do Iraque pelos norte-americanos…
Parece-me que o único material que não mudou, entre a Guiné e o Iraque, foi a AK-47... sem contar as moscas, claro!
ResponderEliminarNem isso, impaciente.
ResponderEliminarSe reparar bem, não há nenhuma AK-47 entre as capturas da primeira fotografia.
Naquela época, como já disse num outro poste anterior, a arma ainda era um luxo entre os movimentos de libertação.
Em contrapartida, conseguem-se identificar 3 PPsH, "a costureirinha", também mencionada em poste anterior.
Fui enganado pelas três armas que estão à esquerda da fotografia!
ResponderEliminarTambém gostei do "carro de combate", sem armamento e, mais grave, de tracção animal...