10 fevereiro 2008

PRECAUÇÕES A ADOPTAR QUANDO SE TÊM XARÁS "IMPORTANTES"...

Todavia revelou-se de imediato o nosso primeiro grande erro, ou melhor, o primeiro erro deles e um erro muito grave. Observei, por acaso, que é bom recompensar os velhos aliados.
– Ron Jones ficou contente com o pariato? – perguntei.
– Oh, sim – disse Bernard – Disse que os sócios iam ficar encantados.
Não consegui perceber o que Bernard queria dizer.
– Sócios?
– Os sócios do Sindicato. Da Federação Nacional de…
De súbito, vi o que acontecera. Fiquei lívido.
Esse não! – gritei – Eu referia-me ao nosso deputado suplente. Queria dar um pariato ao Ron Jones, mas não ao Ron Jones
– Ah!... – disse Bernard – Se lhe serve de consolo, Senhor Primeiro-Ministro, penso que ele ficou extremamente contente…

Sim, Senhor Primeiro-Ministro, 1º Volume, p.87

Corre uma história pela Internet onde, em vez de ser ficção, em Inglaterra e com um lugar na Câmara dos Lordes, algo de semelhante se terá passado, real e recentemente, em Portugal e com um cargo ministerial. Vou ficar atento: se algum tycoon da informação me quiser convidar para algum grande projecto, tenho que me certificar se será mesmo comigo que ele quer falar, ou se não terá passado de lapso do seu staff

Notas: Xará é um brasileirismo de origem tupi, tem o mesmo sentido de homónimo. A fotografia central de Sócrates, o Magnifico provém deste blogue, a quem agradeço.

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