Entre a profusão de esperados e aborrecidos contos de Natal que o Diário de Lisboa publicava em 24 de Dezembro de 1948, destacava-se este mais abaixo que, embora não invocando o Natal no cabeçalho, tinha muito de natalício no enredo. Vale a pena ler o artigo e atentar na doçura da prosa, constatar como o marinheiro Raimundo e a Maria Eugénia estavam apenas a pensar ir ao cinema e como era intenção do primeiro oferecer até uma prenda à segunda. Uma prenda de Natal, naturalmente. Mais adiante, «a pistola disparou-se» mas saíram logo dois tiros, porque um deles atingiu o infeliz marinheiro e o outro de ricochete, acertou em cheio na Maria Eugénia. Sim, porque ela ficou internada e ele só teve que ser «pensado» e teve logo alta. O mau da fita, o «Nina» evadiu-se, embora não se perceba de onde é que ele se evadiu. E é um excelente remate irónico, nesta história de Natal bem embrulhada, que o apelido do polícia encarregado deste caso de chularia e putedo seja Claro.
Que grande post de Natal!
ResponderEliminarFeliz Natal!
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