(Republicação)
20 de Dezembro de 1973. Excluindo a proximidade do Natal, teria sido uma quinta-feira como tantas outras em Madrid, não tivesse sido a brutal explosão ocorrida na discreta rua Claudio Coello (um pintor espanhol do século XVII de ascendência portuguesa). A explosão, que ocorreu por volta das 9H30 da manhã, foi subterrânea e deu-se precisamente à passagem de um automóvel, um Dodge 3700 GT, uma daquelas banheiras de concepção americana (mas, no caso, de construção espanhola), uma sorvedora de combustível, que a crise do petróleo desencadeada pela OPEP naquele Outono tornaria subitamente obsoleta. A explosão foi tão violenta que elevou os 1.600 kg do Dodge 3700 GT com os seus três ocupantes mais acima do que os quatro andares do prédio fronteiriço, fazendo com que a viatura rodasse por cima do telhado, vindo a cair na varanda das suas traseiras. Dentro do automóvel jaziam moribundos o presidente do governo espanhol, o almirante Luis Carrero Blanco, o seu motorista e, já morto, o polícia que estaria encarregado da sua segurança próxima. A organização terrorista basca ETA não tardou a reivindicar o atentado.
Na altura, lembro-me de ter visto escrito numa parede:
ResponderEliminarArriba Franco, más alto que Carrero Blanco