A última vez que aqui havia assinalado uma efeméride centenária foi a 10 de Novembro. E não se tratou de uma grande efeméride. Mas foi uma grande asneira jornalística, a acompanhar um atribulado dia político, em que se antecipava um novo elenco governativo que seria dirigido pelo senador Catanho de Meneses. Cinco dias depois, aparecia um novo governo, mas que era encabeçado por Ginestal Machado que se notabilizara nesse mesmo dia 10 de Novembro por ter andado em bolandas, de Lisboa para o Porto e do Porto para Lisboa! O que nos interessa agora é que, empossado a 15 de Novembro, esse governo de Ginestal Machado estava a ser substituído por outro, dirigido por Álvaro de Castro, pouco mais de um mês depois, a 18 de Dezembro de 1923, há precisamente cem anos. Era uma vida política muito dinâmica, embora o presidente de então, Manuel Teixeira Gomes, estivesse muito longe de mostrar o frenesim - e os pelourinhos - como Marcelo Rebelo de Sousa. Este governo, que há cem anos tomava posse, iria ser um caso sério de longevidade, durando 201 dias, até ao princípio do Verão de 1924!
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