01 agosto 2023

O FIASCO DO SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DO MINISTRO ADJUNTO ou A HISTÓRIA DE UM "MENOS" QUERIDO MÊS DE AGOSTO

Há dez anos, «os briefings do governo com os jornalistas» eram protagonizados pelo secretário-de-Estado-adjunto-do-ministro-adjunto, de seu nome Pedro Lomba, em sessões - briefings - em que o mesmo podia assumir a pose impositiva que a fotografia acima documenta. Haviam começado em finais de Junho, mesmo em cima da crise governamental. Mas o que esta notícia de há dez anos nos vem anunciar é que, passado um mês complicadíssimo e à entrada do mês de Agosto e das férias, o ritmo dos briefings e do secretário-de-Estado-adjunto-do-ministro-adjunto iria abrandar. Eram menos briefings mas, mesmo esses, tornaram-se num consubstanciado fiasco. Comentadores da mesma área política, como Alberto Gonçalves ou... Marcelo Rebelo de Sousa, zurziram o secretário-de-Estado-adjunto-do-ministro-adjunto sem qualquer complacência nem dó. O actual presidente apreciava de forma muito crítica a desenvoltura de Pedro Lomba, considerando «que os "briefings são uma espécie de brincar à Casa Branca" por parte dos governantes (...), e que o "Governo decide dar tiros nos próprios pés", até porque "ainda não houve um briefing que corresse bem"». O exercício durou um penoso e muito pouco querido mês de Agosto. No entretanto, saltou um secretário de Estado que tomara posse no mês anterior (onde é que já se viu isto?...) No princípio do mês seguinte, 8 de Setembro, podemos encontrar o mesmo Pedro Lomba a dar uma entrevista ao jornal Público (ver mais abaixo), com imaginativas explicações para o que fora um completo (e assumido) fiasco. Na linguagem futebolística que é tradicional que os jornais desportivos usem no defeso da temporada, Lomba foi um daqueles reforços que, com Maduro (o ministro-adjunto do qual dependia o secretário-de-Estado-adjunto), o governo contratou, vinha muito recomendado, mas que não contribuiu em nada para o reforço da equipa.

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