28 agosto 2023

ALGUMA IRRELEVÂNCIA DAQUILO QUE O GOVERNO LÍBIO POSSA OU NÃO FAZER

Colocando as aparências diplomáticas de parte, a questão prática desta notícia do Público não é a de saber se a Líbia passaria a reconhecer (ou não) a existência do Estado de Israel, a questão é saber se o próprio governo líbio, de que a ministra dos Negócios Estrangeiros faz - ou deixou de fazer - parte, tem a autoridade e, com isso, a representatividade para negociar em nome da Líbia. Abaixo mostram-se as áreas de influência em que está dividida a Líbia depois da queda de Gaddafi. Até pode ser do interesse publicitário de Israel fazer com que mais um estado árabe reconheça a sua existência. Como pode ser do interesse publicitário dos adversários de Israel que isso não aconteça. Só que há países árabes que se encontram completamente divididos por prolongadas guerras civis: Síria, Líbano, Líbia, Iémen, Iraque, Sudão. Em qualquer destes casos, a representatividade dos governos que actuam nos palcos internacionais é sempre para ser acolhida com as naturais reservas de um país que está politicamente dividido, à mercê de um qualquer golpe militar que possa reverter alguns dos compromissos assumidos, e as notícias não se podem esquecer de o salientar em episódios como o descrito acima.

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