Agosto de 2018. Cinco anos passados já nos esquecemos como a figura de Eduardo Cabrita se tornara uma presença costumeira da época estival. Havia os costumeiros incêndios e o governo, para fingir que estava a fazer qualquer coisa, mandava lá o Cabrita, porque era ministro da Administração Interna, para ser fotografado com os bombeiros. Havia umas fotografias que saíam bem, outras (como esta acima) saíam mal: o sargento e o ministro (de fato, mas sem gravata, a passar por informal) cumprimentam-se mecanicamente, nem trocam olhares. Entre ambos, surge um senhor de auscultadores postos e microfone na mão, para captar uns diálogos, sugestivo do que é o verdadeiro objectivo da presença do ministro naquelas paragens: mostrar-se para a comunicação social. É uma ironia que um ministro tão empenhado em mostrar proximidade com as pessoas comuns, tenha vindo a acabar a sua carreira política porque o motorista do seu automóvel atropelou um desses comuns com quem ele se fazia fotografar no Verão...
Sem comentários:
Enviar um comentário