(Republicação)
27 de Agosto de 2003. Tinha lugar a primeira ronda das Conversações das Seis Partes (Six-party talks). As seis partes eram (por ordem alfabética): China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão e Rússia. E o tópico era o programa nuclear norte-coreano. Dois dias depois as conversações eram suspensas e agendada nova ronda para daí a seis meses. Segundo os diplomatas experimentados em conversações com coreanos, a primeira ronda correra excepcionalmente bem. O armistício de Panmunjon de 1953 demorara mais de dois anos a ser negociado, todos os pormenores eram objecto da mais minuciosa negociação. Mas aqui conseguira-se fixar rapidamente um formato (hexagonal) e uma disposição para a mesa de negociações! No canto superior, realce-se o pormenor - sinal de importância - de que é o representante chinês o que fica mais próximo da porta. Na fotografia acima, e embora os negociadores norte-americanos sejam dos que mais gostam de se destacar nas fotografias, os dois representantes mais fotogénicos e bem dispostos ao centro são os da Rússia e da China. Foi há quinze anos. Seguiram-se outras cinco rondas. Donald Trump ter tido a pretensão de que se resolvia tudo isto com uma cimeira foi uma estupidez, uma arrogância, uma ignorância, uma presunção, uma mediocridade.
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