5 de Agosto de 1963. É assinado em Moscovo o Tratado para a Proibição Parcial de Testes Nucleares. Os subscritores são os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Soviética. Os signatários comprometem-se a não realizar testes nucleares à superfície, debaixo de água e no espaço. Mas, ao mesmo tempo, qualquer das três potências nucleares de então reservavam-se o direito de prosseguirem com os ensaios nucleares subterrâneos. Na prática, esta restrição já estava em vigor, já que qualquer delas havia estabelecido para si uma moratória nos ensaios atmosféricos. Contudo, esta proibição d«a maior parte dos ensaios nucleares» (conforme se lê no título da notícia acima) acabava por se revelar inconsequente, na medida em que outras duas potências com aspirações nucleares (naquele momento, a França e a China) se haviam recusado a subscrever o Tratado até elas próprias terem realizado o número de ensaios que consideravam suficientes para dominarem a tecnologia do armamento nuclear. Setenta anos depois o Tratado parece continuar a ser respeitado no seu aspecto formal: mesmo os países aspirantes a potências nucleares (como o Irão ou a Coreia do Norte) deixaram de tentar realizar ensaios nucleares à superfície. Mas os mais cínicos consideram que a razão para isso se prende mais com a existência dos satélites espiões do que com o respeito pelos Tratados...
Sem comentários:
Enviar um comentário