Há cem anos começava a batalha de Messines. Três características se conjugavam para que parecesse haver algo de novo na frente ocidental. O método: a ofensiva foi precedida da detonação simultânea de 19 minas repletas de explosivos que haviam sido escavadas previamente sob as posições alemãs e que foram detonadas antes do começo do avanço da infantaria, apanhando os defensores em estado de choque. Alegadamente, as explosões foram de tal dimensão que de França chegaram a ser ouvidas na Inglaterra. Os intervenientes: pela primeira vez na frente ocidental uma apreciável percentagem (cerca de metade) das unidades participantes numa acção desta envergadura eram de origem colonial (australianos e neozelandeses). O comandante: Em três anos de impasse esgotara-se a admiração pela imagem do general de ar marcial e taciturno. Herbert Plummer, com o seu bigode branco projectava uma nova imagem, a do avozinho dos seus homens, a logística dedicada aos aguadeiros que acompanhavam os soldados enquanto eles progrediam no terreno, a solução de uma questão tão prosaica quanto a água potável para satisfazer a sede dos combatentes, mostrava-se algo de verdadeiramente inédito até então! Considerada momentaneamente um sucesso, a batalha acabou numa semana porque Messines não passou de uma vitória táctica, não havia nada de novo da frente ocidental quanto a processos de romper a linha defensiva do inimigo.
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