Quando Henry Kissinger esteve em Portugal em 1979 havia deixado de ser o Secretário de Estado da administração norte-americana há pouco mais de dois anos (e não se tornara famoso já há trinta e tal...). Antes disso, e apesar de eu considerar Kissinger alguém que tem sido constantemente sobreavaliado, reconheça-se que no seu percurso dos oito anos anteriores a isso (1969-1977) ele fora bem próximo da presidência norte-americana, primeiro da de Richard Nixon e depois da de Gerald Ford. Fora alguém importante à escala mundial e parecia ter algo para contar a respeito desses anos. É alguém que parecia justificar a sua fotografia acima, a embarcar num avião da TAP, e parece-me ser um contraste fulgurante (a mais do que um título) com alguém que cá veio 38 anos depois e que se tem destacado por liderar a lista das vencedoras dos prémios anuais das piores representações de cinema (uma espécie de óscares, mas ao contrário). A fama também se merece e não deveria ser substituída pelo sucesso do massacre de inanidades que são plantadas nas redacções dos media. Mas no Correio da Manhã e em tantos outros órgãos de informação cá do burgo isso é areia demais para a camioneta deles.
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