Acabado de receber na caixa do correio, neste prospecto de propaganda Isaltino Morais justifica com a atitude de «centenas ou milhares de oeirenses» ao abordarem-no, perguntando-lhe se se candidatava ou incentivando-o a fazê-lo, como razão maior para reaparecer nestas próximas eleições autárquicas. Pois eu pertenço aos outros muitos milhares de oeirenses que não fizeram nada isso, mas que também não se quiseram juntar àquelas outras centenas de oeirenses que insultaram Isaltino Morais mimoseando-o com os títulos de gatuno, vigarista ou ladrão, que os houve, embora se perceba porque é que ele não os refere no seu prospecto. Eu farei parte daquela imensa maioria(?) silenciosa que achando que, por ter cumprido a pena a que fora condenado pelos tribunais, Isaltino fica com as contas arrumadas com a sociedade, mas que não toma esse saldo saldado por uma autorização ética para que o prevaricador possa recomeçar tudo do princípio, como se nada houvesse acontecido. É que eu não leio no prospecto ponta de confissão e/ou de arrependimento. E é para que o visado não tome todos os silêncios como concordâncias cúmplices e/ou envergonhadas que aqui fica lavrada a minha opinião veementemente discordante: Oh Isaltino, vai roubar para a estrada! (Ou é preciso que alguém vá empunhar um cartaz com esses dizeres para a Volta à França?...)
País de brando costumes, terá algo a ver com isto?
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