02 junho 2017

AINDA SE LEMBRAM DA PÉPA XAVIER?


Já se passaram quase quatro anos e meio desde aquela altura em que os desejos de uma jovem, que se esforçava pela atitude por querer parecer pertencer a um certo clã social, puseram as redes sociais ao rubro - onde a estraçalharam. E essa reacção seria tanto mais inesperada quanto durante décadas, e mesmo nas fases mais criticas do PREC, o país sempre tolerara a atitude auto-marginalizante das tias (de Cascais) através do sotaque identificativo do seu clã: nasalado, sem pronunciar os eles e de vogais contidamente abertas (desâjo). O que estava a acontecer nessa transição de ano de 2012 para 2013 para que a tradicional tolerância lusa para com as franjas da sociedade parecesse transformada?...

Com a segurança que a distância temporal pode conferir a uma leitura retrospectiva do episódio, a aplicação implacável do programa da troica e as suas consequências de desemprego e emigração, estavam a esgaçar a coesão social até à beira do ruptura e os seus efeitos aplicavam-se naquele caso numa moça que nem os mereceria. Mas, se Pépa como vítima de um bullying provocado por uma situação social extremamente tensa era - percebe-se agora - um excesso injusto, durante esse primeiro semestre de 2013 assistiu-se a vários outros episódios de bullying (abaixo) que, mesmo a esta distância temporal, confesso que já não os considero assim tão injustos como o da Pépa...


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