Aquilo que o sentido do dever da função presidencial deveria mas não conseguiu fazer, conseguiu-o um advogado manhoso: despertar Cavaco Silva da letargia como se tentou distanciar do caso BES após este se ter revelado um desvio colossal em relação àquilo que inicialmente se antecipava. Após mais de um mês de um silêncio desprezível sobre tudo aquilo que se ia sabendo do BES, uma tentativa com cobertura mediática de atirar com merda para a ventoinha (para ver em quem acerta), parece obrigar a presidência a republicar umas declarações do presidente ainda antes do escândalo se ter desencadeado em todo o seu esplendor. Cavaco parece ter toda a razão, mas não deixa de ser incómodo ver um presidente da República equiparado em manha a um qualquer advogado da nossa praça. Depois do barulho dos grilos no silêncio do estio, agora temos uma reentrada com música de cavaquinho…
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