De entre as minhas fotografias favoritas da Primeira Guerra Mundial, há esta do ás (aviador) britânico Albert Ball que não viveu para celebrar o seu 21º aniversário, apesar de até lá ter registado 44 vitórias no ar desde Março de 1916 até à sua morte em combate a 7 de Maio de 1917, sobre território controlado pelo inimigo que o enterrou (vejam-se os dizeres da cruz). Mas existe um ar impressionantemente juvenil no herói que, ao mesmo tempo que o engrandece para figuração no panteão, nos impede de aceitar totalmente a sério as consequências do que fez e do que lhe foi feito, imaginando que cem anos passados, e num mundo menos cruel como hoje, ele pudesse não ter passado de mais um daqueles jovens associais viciados em jogos de computador - alguns deles em que se abatem virtualmente inimigos como Ball fazia.
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