Sabe-se como a capacidade de síntese conjugada com a necessidade de tornar o conteúdo apelativo pode levar a que os cabeçalhos das primeiras páginas dos jornais contenham gigantescas distorções da realidade. Mas não creio que tenha sido esse o caso do que acontece com o título e subtítulo de uma notícia publicada na primeira página de hoje do Público:
Baixa do preço dos medicamentos não beneficiou os doentes
O Governo cortou nas comparticipações e o Estado é que ficou a ganhar
Esta redacção incorpora-se perfeitamente naquele conceito nacional que o Estado é como se fosse uma entidade alheia a todos nós. Neste caso concreto dos medicamentos, pela redacção dos jornalistas do Público, até parece que há uma espécie de jogo triangular concorrencial entre as farmacêuticas, os consumidores e o Estado. E que o ganho do Estado não representa afinal um ganho dos contribuintes que também são consumidores…
Porque é que me fica a suspeita que, não fossem as farmacêuticas as verdadeiras lesadas de todo o processo, o título não seria aquele, a notícia não seria de primeira página, ou nem haveria notícia sequer?...
É assim que se manipula a informação.
ResponderEliminarNo mundo farmaceutico dos Ferrazes aos Cordeiros vai o salto de uma cobra (que é o Símbolo), mas ele nada tem a ver com o problema, nem o "Público" que, como se sabe, anda longe dos negócios de "botica".
ResponderEliminarPorque será? Será porque és muito desconfiado? Ou será porque na maior parte das vezes a preocupação parece ser desinformar.
ResponderEliminarProponho um pedinchório nacional, o PIF - Pedinchório para a Indústria Farmacêutica.
ResponderEliminarE não escolham o meio do mês...