
Felizmente houve quem se tivesse alargado mais sobre o tema,
favorável ou
desfavoravelmente, dispensando-me daquela antipatia instintiva que me nasce (porventura injustamente) quando as pessoas me são apresentadas como cheias de predicados, tantos que nem é necessário enumerá-los, apenas
porque sim!... Afinal, segundo aquelas explicações mais sólidas, Mexia parece reunir características que permitem esperar dele um bom desempenho no cargo, muito embora permaneçam para mim
insatisfatórias as explicações que
obrigam a que se mantenha no cargo de director quem o escolheu (João Bénard da Costa), que há muito ultrapassou o limite de idade legal para o cargo…

Aparentemente
cooptado por quem se
agarra assim ao lugar, resta desejar a Mexia que não lhe aconteça o mesmo que a Paulo Teixeira Pinto que acabou pegado com Jardim Gonçalves que aparentemente o havia escolhido como sucessor à frente do BCP… Mas o ridículo destes entusiasmos elogiosos, sem substância explicativa por detrás, fazem-me lembrar
o boneco de Baptista Bastos criado vai para uns dez anos por Herman José que, para além da pergunta que o tornou famoso (
Onde é que tu estavas no 25 de Abril?), passava as entrevistas a
debitar nomes desconhecidos, como se fosse obrigação da audiência conhecer o elenco com pretensões intelectuais que ele frequentava. O mais memorável desses nomes
era o Carlos Castanheira, que aparecia (sempre) com o seu castor debaixo do braço…

Embora inspirada descaradamente nos tiques de Baptista Bastos, a caricatura era muito mais abrangente e, como se vê, há facetas dela em que permanece perfeitamente actual…
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