O país que gerou Sherlock Holmes tem, obviamente, uma estranha relação com o crime. Então se o crime estiver associado de algum modo com o estrangeiro, parece que ainda é melhor – lembremo-nos, por exemplo, de O Crime no Expresso do Oriente ou do facto de Hercule Poirot ser um detective belga… É uma fixação tão peculiar que parece que distingue o Reino Unido do resto do Mundo.
Escolhemos um dia como outro (hoje) e um jornal sóbrio (como o Guardian), e especulemos sobre quantos mais países dedicariam a atenção de duas notícias principais ao assassinato de duas nacionais suas no estrangeiro (em Goa e na Jamaica)... É que é capaz de ter sido esta espécie de paranóia nacional a maior responsável pelos problemas aparecidos à volta do desaparecimento de Madeleine McCann*…
* Há 464 referências (!) a artigos com esse nome nos arquivos do mesmo jornal…
* Há 464 referências (!) a artigos com esse nome nos arquivos do mesmo jornal…
Elementar meu caro A. Teixeira. Vou passar ao lado do inglês Holmes e do belga Poirot, que são ficção, ainda que boa, para quedar-me deslumbrado perante os reais irlandeses Peterson, o primeiro dos quais, em cima à esquerda é um velho conhecido meu.
ResponderEliminarPara nóia temos cá o Marques Mendes.
ResponderEliminarPara sensatez temos o inefável Alípio Ribeiro que admitiu, pausada e condescendentemente, na RTP2, que talvez tivesse havido precipitação na constituição de arguidos para o casal inglês.
Depois de tão brilhante dedução, o nosso xerloque Alípio tem estado em silêncio.
Porreiro, pá!