26 março 2008

O VERDADEIRO FRANCHISE

Suponho que ainda se lembrem de um Concurso da SIC chamado Ídolos, especialmente da melhor parte, que era a fase de selecção prévia dos concorrentes, ocasião em que lá apareciam uns cromos inacreditáveis, perante a estupefacção do júri (abaixo).
Outro dia, enviaram-me uma dessas cenas inacreditáveis, via You Tube, mas agora no concurso homólogo que se realizou na Bulgária. Descobri que em terras eslavas há quem assassine a língua de Shakespeare com tanta ou mais eficácia do que os espanhóis…
Embora o gozo seja todo feito à custa da concorrente, o que eu não estava à espera, prestem bem atenção ao vídeo, é à extraordinária semelhança física entre os vários membros do júri búlgaro e os seus homólogos que haviam sido escolhidos em Portugal.
Parece óbvio que nestes formatos televisivos transnacionais o franchise é de rigor e, neste caso, mais do que o discernimento do julgador, parece ser a aparência de jurado que mais conta. Pelos vistos, além dos concorrentes, houve ali mais gente a fazer figuras tristes

Adenda: Descobri, através deste vídeo, que a artista da audição anterior, a búlgara Valentina Hasan, afinal vive em Espanha e que deve ter sido lá que aprendeu a falar inglês… Só mesmo em Espanha é que Valentina conseguiria convencer-se que falava inglês…

3 comentários:

  1. Amadorismo mas do mau!
    Mais grave é quando esse amadorismo atinge os profissionais.
    Lembro-me, por exemplo, de um rapaz que se lembrou de gravar, em disco, uma versão de "La mamma", escrita e cantada por Aznavour.
    Ora os conhecimentos dele da língua francesa eram iguais aos meus no que respeita à língua de Goethe.
    Aconteceu com Sérgio Borges e só não consegui encontrar qual foi a etiqueta que "patrocinou" o assassinato da canção...

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  2. Fantástico. Absolutamente espantosos estes bombons que estes concursos extremamente interessantes nos oferecem. É tudo bom, entenda-se; dos jurados à concorrente...

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  3. O tal rapaz também cantou "Capri, c'est fini", por (mau) sinal.
    Posto isto, é verdade que os espanhóis assassinam as línguas estrangeiras, mas nós por cá preferimos mutilar a nossa própria língua.
    De mil maneiras, até através de um acordo que vai pôr "óptico" e "ótico" com a mesma grafia.
    É apenas um exemplo.

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