15 março 2008

O CONTO DOS MIL CONTOS


Há coisas que José Pacheco Pereira escreve com que concordo, outras de que discordo e há ainda aquelas, muito mais raras, onde mistura a sua tradicional sobranceria com uma ignorância técnica a respeito do assunto sobre o qual que ele se pronuncia que me fazem entrar em órbita… Mas hoje resolvi endereçar-lhe uma mensagem por uma outra razão em estreia, não pelo que ele escreveu, mas pelo que outros escreveram dele, designadamente um artigo de hoje do Expresso, onde Abel Pinheiro confessa ter-lhe dado mil contos para uma campanha autárquica, em 1989. A entrevista e a confissão parecem-me sórdidas.

Não conheço José Pacheco Pereira, não serviria para sua testemunha abonatória em tribunal, mas do que é conhecido da sua vida pública, parece-me elementar deduzir que, pelo seu percurso político passado, se houvesse episódios significativos a apontar-lhe já há muito eles teriam vindo ao de cima para conspurcá-lo. Não teria sido necessário esperar por agora para que um irremediavelmente marcado Abel Pinheiro se viesse explodir junto a ele, qual espécie de mártir do terrorismo islâmico

Por isso lhe enviei os meus votos de solidariedade.

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