Há uma lenda associada à fundação de São Marino, que diz que ela se deve a um pedreiro com o mesmo nome, oriundo da Dalmácia (faz hoje parte da Croácia) que ali se refugiou por motivos religiosos durante a perseguição religiosa do final do reinado do imperador romano Diocleciano (284-305). A reputação do refugiado levou a que ele viesse a ser canonizado dando o nome ao país. Simples, esta lenda terá, como costuma ser habitual, algum fundo de verdade.
Há documentação que referencia a fixação de, pelo menos, um monge naquela região logo nos princípios do Século VI. O uso daquelas épocas, importado do Oriente, era que os homens santos vivessem sozinhos em ascese e meditação no alto de pilares ou em sítios elevados. Eram conhecidos por estilitas e os seus lugares de recolhimento tornavam-se locais de peregrinação à volta dos quais se acabavam por fundar povoações com serviços de apoio aos peregrinos.
Durante o período medieval, São Marino, cujas primeiras referências como entidade política distinta datam do Século XIII, não se distingue no mosaico de pequenos estados em que se encontrava repartida a Itália. A haver algum destaque, será a sua propensão para a neutralidade nos diversos conflitos que atravessavam a península, conjugada com uma aliança preferencial com os Estados da Igreja, que resultaram no facto – raro na Europa – das suas fronteiras actuais datarem do Século XV.
São Marino tem uma área de 61 Km2 e 29.000 habitantes o que lhe dá as dimensões de um pequeno concelho de Portugal (onde o concelho médio tem 35.000 habitantes e 300 Km2). De um ponto de vista global da perspectiva italiana, não há nenhuma razão para que São Marino não tivesse sido abrangido pela unificação do Reino de Itália em 1861: ao contrário do Liechtenstein e de Andorra não está intercalado a meio de uma fronteira maior e, ao contrário do Mónaco, não tem saída para o mar; é Itália a toda a sua volta!
Contudo, do ponto de vista local, a decisão de manter a independência pode ter sido vantajosa, ao acrescentar um traço característico e ímpar a um país que vive sobretudo do turismo (mais de 3 milhões de visitantes em 2000) numa região onde a competição por essa fonte de rendimentos é ferocíssima (as rivais são Florença, Siena, Pisa, Pádua, Ravena, Veneza…). Se não fosse a curiosidade de visitar mais um país quantos daqueles três milhões nem se lembrariam de ali passar?
Outra fonte de rendimentos tradicionais é a filatelia. Menos tradicionais são as receitas geradas pelo regime fiscal mais favorável com que são acolhidos os registos de sociedades anónimas sedeadas no país, que são cerca de 1.000. Mais restrita e mais discreta ainda, foi uma outra fonte de receitas do passado, paradoxal num país que se reclama a mais antiga república do mundo: a concessão de títulos de nobreza. Entre 1861 e 1976 foram concedidos 177 títulos (12 duques, 19 marqueses, 76 condes, etc.) num país tão pequeno!
Durante o período medieval, São Marino, cujas primeiras referências como entidade política distinta datam do Século XIII, não se distingue no mosaico de pequenos estados em que se encontrava repartida a Itália. A haver algum destaque, será a sua propensão para a neutralidade nos diversos conflitos que atravessavam a península, conjugada com uma aliança preferencial com os Estados da Igreja, que resultaram no facto – raro na Europa – das suas fronteiras actuais datarem do Século XV.
São Marino tem uma área de 61 Km2 e 29.000 habitantes o que lhe dá as dimensões de um pequeno concelho de Portugal (onde o concelho médio tem 35.000 habitantes e 300 Km2). De um ponto de vista global da perspectiva italiana, não há nenhuma razão para que São Marino não tivesse sido abrangido pela unificação do Reino de Itália em 1861: ao contrário do Liechtenstein e de Andorra não está intercalado a meio de uma fronteira maior e, ao contrário do Mónaco, não tem saída para o mar; é Itália a toda a sua volta!
Contudo, do ponto de vista local, a decisão de manter a independência pode ter sido vantajosa, ao acrescentar um traço característico e ímpar a um país que vive sobretudo do turismo (mais de 3 milhões de visitantes em 2000) numa região onde a competição por essa fonte de rendimentos é ferocíssima (as rivais são Florença, Siena, Pisa, Pádua, Ravena, Veneza…). Se não fosse a curiosidade de visitar mais um país quantos daqueles três milhões nem se lembrariam de ali passar?
Outra fonte de rendimentos tradicionais é a filatelia. Menos tradicionais são as receitas geradas pelo regime fiscal mais favorável com que são acolhidos os registos de sociedades anónimas sedeadas no país, que são cerca de 1.000. Mais restrita e mais discreta ainda, foi uma outra fonte de receitas do passado, paradoxal num país que se reclama a mais antiga república do mundo: a concessão de títulos de nobreza. Entre 1861 e 1976 foram concedidos 177 títulos (12 duques, 19 marqueses, 76 condes, etc.) num país tão pequeno!
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