Para quem se apresenta como um licenciado em filosofia, José Pacheco Pereira demonstra, em certos artigos que escreve, como é o caso do de hoje (14/03) no Público, ter uma relação assaz difícil com a lógica formal. Ou então, pode não ser essa a questão, que a geração anterior à de Sócrates também está maculada de licenciaturas obtidas com base em cadeiras feitas em condições muito bizarras, houvesse apenas o interesse político em as investigar…
Eu até poderia detalhar as contradições que encontrei no artigo, que preenche toda uma página de jornal com uma crítica exaustiva à atitude dos Gato Fedorento ao afixarem um cartaz no Marquês de Pombal, ao lado do do PNR sobre a imigração, parodiando-o. Mas considero suficiente descrever o artigo, que se espalha por dez espessos parágrafos, qualquer deles igual ou maior do que este poste, sem que nele se leia uma opinião sobre o conteúdo do próprio cartaz do PNR…
Ora, algo que todo este episódio dos cartazes demonstrou é que o humor se pode revelar a arma mais eficaz contra os absurdos do extremismo. Seja o extremismo ideológico da mensagem do cartaz do PNR, seja o extremismo (i)lógico do artigo, que não consegue encontrar uma só virtude no gesto dos Gato Fedorento, o que configura, na disputa pela atenção e formação da opinião pública, uma grande dor localizada no sítio indicado pela seta na imagem acima…
Eu até poderia detalhar as contradições que encontrei no artigo, que preenche toda uma página de jornal com uma crítica exaustiva à atitude dos Gato Fedorento ao afixarem um cartaz no Marquês de Pombal, ao lado do do PNR sobre a imigração, parodiando-o. Mas considero suficiente descrever o artigo, que se espalha por dez espessos parágrafos, qualquer deles igual ou maior do que este poste, sem que nele se leia uma opinião sobre o conteúdo do próprio cartaz do PNR…
Ora, algo que todo este episódio dos cartazes demonstrou é que o humor se pode revelar a arma mais eficaz contra os absurdos do extremismo. Seja o extremismo ideológico da mensagem do cartaz do PNR, seja o extremismo (i)lógico do artigo, que não consegue encontrar uma só virtude no gesto dos Gato Fedorento, o que configura, na disputa pela atenção e formação da opinião pública, uma grande dor localizada no sítio indicado pela seta na imagem acima…
ADENDA do dia seguinte:
Já que o artigo se tornou disponível, não resisto ao exercício de parafrasear o seu último parágrafo, numa demonstração de como todo o absurdo argumentativo invocado por José Pacheco Pereira pode assentar-lhe como uma luva, mudando apenas os protagonistas, e substituindo o humor dos Gato Fedorento pela pretensa racionalidade e distanciamento das análises políticas de José Pacheco Pereira…
Mas o risco maior é o de as pessoas começarem a identificar uma animosidade pessoal explícita nas análises do comentador. Porque, depois, começam a perguntar-se por que razão é que ele acha que Paulo Portas e Santana Lopes nunca estão certos e Rui Rio e Vasco Graça Moura nunca estão errados. Ora esta pergunta tem toda a razão de existir, porque as asneiras que a análise política "castiga" costumam estar bastante bem distribuídas por todos os protagonistas da actividade.
Mas que comentário tão pateta!
ResponderEliminarJosé Pacheco Pereira parece compartilhar com Álvaro Cunhal, por quem ele demonstra um enorme fascínio nos seus livros, a capacidade de criar um núcleo de admiradores-militantes de base, que parecem patrulhar incessantemente a blogosfera, à procura de referências ao seu nome para as comentar. ESte poste durou uma hora até às "abelhas" cá chegarem...
ResponderEliminarO resultado – já não é o primeiro caso – pode ser observado no “comentário” acima, assinado, como seria de esperar, por um anónimo. O idolatrado provavelmente até não tem pessoalmente culpa nenhuma, mas esta prática (repetida) é de uma militância marxista-leninista embaraçosa para quem não gosta nada de falar dessa parte do seu passado…
Pateta é o iluminado Pacheco, a quem o Miguel Abrantes, do CC, chama e bem o "Moralista da República Pacheco Pereira" - MRPP, portanto...
ResponderEliminarNão há pachorra para estes escribas avençados do Público, mais o respectivo director neo-cómico e servo fiel do conhecido grossista Belmiro...
Já agora, acrescento este comentário da caixa do CC:
ResponderEliminar"José Álvaro Machado Pacheco Pereira assina artigos no Público em que usa o título de «historiador». No entanto, é licenciado em Filosofia e docente no departamento de Sociologia do ISCTE. Desconhece-se se está inscrito na Associação de Professores de História.
Numa página do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança, Pacheco Pereira aparece referido como «doutor» (por extenso) embora não se lhe conheça doutoramento concluído ou licenciatura em Medicina. Outras pessoas, como António Vitorino, que é licenciado em Direito, são referidas como «Dr.». Ignora-se se foi Pacheco Pereira quem deu a informação (falsa) de que é doutorado.
Finalmente, na página da wikipedia em língua inglesa, aparece a informação de que Pacheco Pereira seria «professor». No contexto anglo-saxónico, um «professor» é um professor catedrático. Pacheco tem escrito abundantemente sobre a wikipedia, em artigos da imprensa escrita e no seu blogue. É portanto muito improvável que desconheça a sua própria página na wikipedia. É mesmo possível que ele próprio a tenha escrito."
Toca a investigar este moralista de pacotilha!!!!
Continuando a analogia de José Pacheco Pereira com Álvaro Cunhal, parece, pelos dois comentários deste último anónimo, que ambos despertam simultaneamente fortes sentimentos opostos: tanto fidelidades caninas como hostilidades ferozes… Dê os meus cumprimentos à pequena sereia, caro anónimo.
ResponderEliminarPergunto-me por vezes (e a sério) se José Pacheco Pereira merecerá tantas críticas, apenas por possuir aquela expressão severa, o que levará quem o ouça a levá-lo sempre a sério. É que ultimamente, e cada vez com mais frequência, tenho ouvido e lido coisas muito sérias ditas em tom jovial pelos Gato Fedorento e outras, que só podem ser para rir, no tom circunspecto usado por José Pacheco Pereira…