14 abril 2007

O COTOVELO DE JOSÉ PACHECO PEREIRA (ACTUALIZADO)

Para quem se apresenta como um licenciado em filosofia, José Pacheco Pereira demonstra, em certos artigos que escreve, como é o caso do de hoje (14/03) no Público, ter uma relação assaz difícil com a lógica formal. Ou então, pode não ser essa a questão, que a geração anterior à de Sócrates também está maculada de licenciaturas obtidas com base em cadeiras feitas em condições muito bizarras, houvesse apenas o interesse político em as investigar…

Eu até poderia detalhar as contradições que encontrei no artigo, que preenche toda uma página de jornal com uma crítica exaustiva à atitude dos Gato Fedorento ao afixarem um cartaz no Marquês de Pombal, ao lado do do PNR sobre a imigração, parodiando-o. Mas considero suficiente descrever o artigo, que se espalha por dez espessos parágrafos, qualquer deles igual ou maior do que este poste, sem que nele se leia uma opinião sobre o conteúdo do próprio cartaz do PNR…

Ora, algo que todo este episódio dos cartazes demonstrou é que o humor se pode revelar a arma mais eficaz contra os absurdos do extremismo. Seja o extremismo ideológico da mensagem do cartaz do PNR, seja o extremismo (i)lógico do artigo, que não consegue encontrar uma só virtude no gesto dos Gato Fedorento, o que configura, na disputa pela atenção e formação da opinião pública, uma grande dor localizada no sítio indicado pela seta na imagem acima…

ADENDA do dia seguinte:

Já que o artigo se tornou disponível, não resisto ao exercício de parafrasear o seu último parágrafo, numa demonstração de como todo o absurdo argumentativo invocado por José Pacheco Pereira pode assentar-lhe como uma luva, mudando apenas os protagonistas, e substituindo o humor dos Gato Fedorento pela pretensa racionalidade e distanciamento das análises políticas de José Pacheco Pereira…

Mas o risco maior é o de as pessoas começarem a identificar uma animosidade pessoal explícita nas análises do comentador. Porque, depois, começam a perguntar-se por que razão é que ele acha que Paulo Portas e Santana Lopes nunca estão certos e Rui Rio e Vasco Graça Moura nunca estão errados. Ora esta pergunta tem toda a razão de existir, porque as asneiras que a análise política "castiga" costumam estar bastante bem distribuídas por todos os protagonistas da actividade.

5 comentários:

  1. Mas que comentário tão pateta!

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  2. José Pacheco Pereira parece compartilhar com Álvaro Cunhal, por quem ele demonstra um enorme fascínio nos seus livros, a capacidade de criar um núcleo de admiradores-militantes de base, que parecem patrulhar incessantemente a blogosfera, à procura de referências ao seu nome para as comentar. ESte poste durou uma hora até às "abelhas" cá chegarem...

    O resultado – já não é o primeiro caso – pode ser observado no “comentário” acima, assinado, como seria de esperar, por um anónimo. O idolatrado provavelmente até não tem pessoalmente culpa nenhuma, mas esta prática (repetida) é de uma militância marxista-leninista embaraçosa para quem não gosta nada de falar dessa parte do seu passado…

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  3. Pateta é o iluminado Pacheco, a quem o Miguel Abrantes, do CC, chama e bem o "Moralista da República Pacheco Pereira" - MRPP, portanto...
    Não há pachorra para estes escribas avençados do Público, mais o respectivo director neo-cómico e servo fiel do conhecido grossista Belmiro...

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  4. Já agora, acrescento este comentário da caixa do CC:

    "José Álvaro Machado Pacheco Pereira assina artigos no Público em que usa o título de «historiador». No entanto, é licenciado em Filosofia e docente no departamento de Sociologia do ISCTE. Desconhece-se se está inscrito na Associação de Professores de História.
    Numa página do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança, Pacheco Pereira aparece referido como «doutor» (por extenso) embora não se lhe conheça doutoramento concluído ou licenciatura em Medicina. Outras pessoas, como António Vitorino, que é licenciado em Direito, são referidas como «Dr.». Ignora-se se foi Pacheco Pereira quem deu a informação (falsa) de que é doutorado.
    Finalmente, na página da wikipedia em língua inglesa, aparece a informação de que Pacheco Pereira seria «professor». No contexto anglo-saxónico, um «professor» é um professor catedrático. Pacheco tem escrito abundantemente sobre a wikipedia, em artigos da imprensa escrita e no seu blogue. É portanto muito improvável que desconheça a sua própria página na wikipedia. É mesmo possível que ele próprio a tenha escrito."

    Toca a investigar este moralista de pacotilha!!!!

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  5. Continuando a analogia de José Pacheco Pereira com Álvaro Cunhal, parece, pelos dois comentários deste último anónimo, que ambos despertam simultaneamente fortes sentimentos opostos: tanto fidelidades caninas como hostilidades ferozes… Dê os meus cumprimentos à pequena sereia, caro anónimo.

    Pergunto-me por vezes (e a sério) se José Pacheco Pereira merecerá tantas críticas, apenas por possuir aquela expressão severa, o que levará quem o ouça a levá-lo sempre a sério. É que ultimamente, e cada vez com mais frequência, tenho ouvido e lido coisas muito sérias ditas em tom jovial pelos Gato Fedorento e outras, que só podem ser para rir, no tom circunspecto usado por José Pacheco Pereira…

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