
Ou, já que o Público se tem mostrado tão predisposto a aprofundar rumores que circulem pela blogosfera – foi, pelo menos essa, uma das causas evocadas em editorial para a realização da investigação às habilitações académicas de José Sócrates – não será interessante aprofundar também a fundamentação do rumor que há muito circula, em que há políticos que assinam colunas regulares de opinião em jornais onde se limitam a subcontratar a feitura dos textos a terceiros, a que depois se limitam a adicionar a sua assinatura?

Estes indícios tornam bastante plausível que tenha existido uma manobra que a contra informação produzida entretanto pela assessoria de imprensa de Sócrates quis dar destaque: a de que se trata de uma desforra de Belmiro de Azevedo, canalizada pelo seu jornal, numa retribuição pela falta de apoio demonstrado pelo primeiro-ministro à sua OPA sobre a PT. O que, sendo verdadeiro (e, se o fosse, mesquinho), não surpreenderia verdadeiramente ninguém. Estaríamos assim perante uma situação política em que – para variar – ninguém mente:
Um jornal expõe o primeiro-ministro a ser apanhado numa mentira flagrante, e as razões desse jornal para essa exposição radicarão numa desforra pessoal do seu dono contra o primeiro-ministro… É brilhante se assim for, a fazer-me lembrar a conclusão de um juiz quando chamado a conciliar a disputa de duas exuberantes vendedoras de feira:
– Tu és uma puta!... – começou uma.
– E tu és uma fufa!... – respondeu a outra.
– Perfeito! Agora que as duas litigantes se identificaram devidamente podemos continuar com os procedimentos...
E que tal dito a cantar?
ResponderEliminar“Tudo isto existe/Tudo isto é triste/Tudo isto é política!”.
Seja bem reaparecido, Impaciente!
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