A estética peculiar do princípio dos anos 30 do século passado será a responsável pela existência daquele que se poderá considerar, plausivelmente, o mais feio avião de série jamais produzido, o Polikarpov I-16 (acima). De origem soviética, além do aspecto inconfundível, uma das suas características inimitáveis consistia no método de recolha do trem, através de uma manivela que ocupava o piloto à descolagem (e à aterragem) por uns bons minutos…
A primeira vez que o avião entrou em acção foi durante a Guerra Civil de Espanha (1936-39), quando foram fornecidos umas centenas de exemplares pela União Soviética ao governo republicano. Ganhou o nome de Mosca entre a Força Aérea que o empregava e o nome muito menos agradável de Rata entre aqueles (nacionalistas) a quem atacava, o que fazia com uma eficiência bem superior ao que a sua aparência deixaria supor.
Também houve exemplares utilizados pela China na sua Guerra contra o Japão e a própria União Soviética usou-os durante a Batalha de Khalkhin Gol, do Verão de 1939, contra o Japão. Com a Operação Barbarossa (A Invasão da União Soviética em 1941), voltou a ser empregue em combate pelos soviéticos, agora contra a Alemanha, mas o aparelho já estava claramente desactualizado e a sua produção veio a cessar em 1943. Mesmo assim produziram-se mais de 8.000 exemplares!
Um óbvio primo direito do anterior, este Gee-Bee* R-1 (acima), de produção norte-americana mas da mesma época e estética do Polikarpov I-16, tem a virtude de poder, ainda que só em detalhes, ser considerado ainda mais horroroso do que o seu primo russo. Mas como foi concebido como um protótipo para corridas de velocidade tem a desvantagem de ser menos conhecido. Ao contrário do primo, que era um modelo fácil de voar (apesar da manivela…), este Gee-Bee era um modelo rápido mas perigosamente instável.
* Não confundir com Bee Gee, também associado a algo de estética duvidosa, mas dos anos 70...
A primeira vez que o avião entrou em acção foi durante a Guerra Civil de Espanha (1936-39), quando foram fornecidos umas centenas de exemplares pela União Soviética ao governo republicano. Ganhou o nome de Mosca entre a Força Aérea que o empregava e o nome muito menos agradável de Rata entre aqueles (nacionalistas) a quem atacava, o que fazia com uma eficiência bem superior ao que a sua aparência deixaria supor.
Também houve exemplares utilizados pela China na sua Guerra contra o Japão e a própria União Soviética usou-os durante a Batalha de Khalkhin Gol, do Verão de 1939, contra o Japão. Com a Operação Barbarossa (A Invasão da União Soviética em 1941), voltou a ser empregue em combate pelos soviéticos, agora contra a Alemanha, mas o aparelho já estava claramente desactualizado e a sua produção veio a cessar em 1943. Mesmo assim produziram-se mais de 8.000 exemplares!
Um óbvio primo direito do anterior, este Gee-Bee* R-1 (acima), de produção norte-americana mas da mesma época e estética do Polikarpov I-16, tem a virtude de poder, ainda que só em detalhes, ser considerado ainda mais horroroso do que o seu primo russo. Mas como foi concebido como um protótipo para corridas de velocidade tem a desvantagem de ser menos conhecido. Ao contrário do primo, que era um modelo fácil de voar (apesar da manivela…), este Gee-Bee era um modelo rápido mas perigosamente instável.
* Não confundir com Bee Gee, também associado a algo de estética duvidosa, mas dos anos 70...
Convenhamos que os franceses nunca podem ficar atrás dos norte-americanos!
ResponderEliminarNa “galeria dos horrores” merece um lugar de destaque o “Arc-en-ciel”, utilizado pela “Aeropostale” e pilotado, entre outros, por Jean Mermoz.
Quanto à manivela para fazer descer o trem de aterragem (do nariz) ainda fazia parte do equipamento de emergência de um avião comercial dos anos 70. Só não recordo se era o “Caravelle” (Sud-Aviation) ou o Boeing “B-707”.
Mas, se bem percebi, essa manivela era para situações de emergência. A do I-16 era "a rotina"...
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