Suponho que não haja muita gente(*) que duvide do sentido de voto do Diácono Remédios, pudesse ele ter votado no referendo de ontem. Mas o que o tornou famoso foram as suas reacções indignadas à obscenidade, quando irrompia pelos programas de Hermann José… E é de obscenidade, embora intelectual, que se trata quando se lêem algumas das argumentações que tive oportunidade de ler em algumas análises aos resultados do referendo.
A de Luís Delgado, no seu artigo do Diário de Notícias, ou outra, no blogue A Arte da Fuga, parecem assumir para si a capacidade dos verdadeiros e exclusivos intérpretes dos 56% de eleitores registados que ontem não exerceram o seu direito de voto. Delgado é Delgado, mas o blogue até tem uma cuidadosa forma de terminar o poste com uma frase cuidadosamente redigida a insinuar aquilo que não pode descaradamente dizer: Quem não foi votar, de certa maneira votou para que o referendo não fosse vinculativo.
É uma frase deliciosamente disparatada demais para não ser devidamente parafraseada: Quem não foi votar, de todas as maneiras não mandatou ninguém para que lhe interpretasse o gesto. Percebe-se pelo que escrevi atrás, quanto me aborreceu tais níveis de abstenção eleitoral neste referendo. Mas esse aborrecimento só é superado pela irritação que me provoca quem, com esperteza saloia, vem brandir descabidamente essa massa inerte de abstencionistas como argumento (e arma de arremesso) para as suas teses.
Ainda ontem, convidado pela RTP, Luís Nobre Guedes – que ali estava como apoiante do Não – comentava favoravelmente – com a minha concordância - o bom nível geral a que o debate tinha decorrido. Hoje aparecem estes textos de quem parece ter muito má digestão democrática, a ponto de lhe perturbar a irrigação sanguínea do cérebro nessas alturas. Ou como diria o famoso Diácono: Não havia Necessidadezz!... E como também já tinha dito Nobre Guedes: e o programa até estava a correr tão bem…
(*) Por uns tempos, por causas que poderão ser lidas na caixa de comentários dois postes abaixo, estarei relutante ao emprego da palavra ninguém.
A de Luís Delgado, no seu artigo do Diário de Notícias, ou outra, no blogue A Arte da Fuga, parecem assumir para si a capacidade dos verdadeiros e exclusivos intérpretes dos 56% de eleitores registados que ontem não exerceram o seu direito de voto. Delgado é Delgado, mas o blogue até tem uma cuidadosa forma de terminar o poste com uma frase cuidadosamente redigida a insinuar aquilo que não pode descaradamente dizer: Quem não foi votar, de certa maneira votou para que o referendo não fosse vinculativo.
É uma frase deliciosamente disparatada demais para não ser devidamente parafraseada: Quem não foi votar, de todas as maneiras não mandatou ninguém para que lhe interpretasse o gesto. Percebe-se pelo que escrevi atrás, quanto me aborreceu tais níveis de abstenção eleitoral neste referendo. Mas esse aborrecimento só é superado pela irritação que me provoca quem, com esperteza saloia, vem brandir descabidamente essa massa inerte de abstencionistas como argumento (e arma de arremesso) para as suas teses.
Ainda ontem, convidado pela RTP, Luís Nobre Guedes – que ali estava como apoiante do Não – comentava favoravelmente – com a minha concordância - o bom nível geral a que o debate tinha decorrido. Hoje aparecem estes textos de quem parece ter muito má digestão democrática, a ponto de lhe perturbar a irrigação sanguínea do cérebro nessas alturas. Ou como diria o famoso Diácono: Não havia Necessidadezz!... E como também já tinha dito Nobre Guedes: e o programa até estava a correr tão bem…
(*) Por uns tempos, por causas que poderão ser lidas na caixa de comentários dois postes abaixo, estarei relutante ao emprego da palavra ninguém.
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